quarta-feira, 26 de março de 2008
MELHORES FILMES / outras notícias
VEJA NESTA SEÇÃO:
.Os melhores de 2011 (jornal O GLOBO)
.Os melhores de 2010 (jornal HOJE EM DIA)
.Os Melhores de 2009 (jornal Hoje em Dia, e outros)
.100 Clássicos do Cinema (Edit. Taschen)
.Os Campeões do primeiro ano do Blog
.Os 50 melhores filmes 2001-2009
.Premios Oscar-2009
.Indicações ao Oscar-2009
.Os melhores filmes de 2008, segundo a revista SET e o jornal O Estado de São Paulo
.Os cem melhores filmes da Cahiers du Cinéma
.Os melhores filmes dos últimos 50 anos (Folha de SP)
.Os melhores filmes de todos os tempos (quatro das mais respeitadas listas)
.Os vinte melhores de 2007
.Outras notícias
MELHORES DE 2011 (O Globo)
"O GAROTO DA BICICLETA": Aplaudida de pé como filme do ano, a parábola dos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne sobre altruísmo começou a carreira em Cannes, em maio. Saiu de lá com o Grande Prêmio do Júri e foi se consolidando, de país em país, por sua habilidade de gerar poesia a partir de uma narrativa nas raias da secura. Os Dardenne refinam a estrutura de conto moral que perseguem desde "A criança" (2005), usando a amizade entre uma cabeleireira (Cécile De France) e um menino em busca do pai (Thomas Doret) para celebrar a bondade.
"A ÁRVORE DA VIDA": Obra-prima para uns, delírio messiânico para outros, o último filme de Terrence Malick racha opiniões por onde passa, tendo a Palma de Ouro de Cannes como seu selo de qualidade. Uma voz em off que conversa com Deus pontua um debate sobre as manifestações do Divino, da origem do mundo aos EUA dos anos 1950, onde um menino enfrenta o pai (Brad Pitt, majestoso).
"INCÊNDIOS": Ao narrar o périplo de um casal de gêmeos à caça do paradeiro do pai, a versão do canadense Denis Villeneuve para a peça homônima de Wajdi Mouawad flana pelo Oriente Médio deixando conflitos bélicos em segundo plano. Em seu roteiro primoroso, Villeneuve não quer falar de guerras, só buscar verdades sobre indivíduos. Seu Líbano é um ponto de partida para um debate sobre perseverança.
"CÓPIA FIEL": Abbas Kiarostami, um dos pilares do cinema do Irã, sempre dribla as discussões filosóficas em torno desta produção de 7 milhões que rendeu o prêmio de melhor atriz em Cannes para Juliette Binoche. Para o diretor de "Gosto de cereja", o embate entre a galerista Elle (Juliette) e o escritor James Miller (William Shimell), sob o sol da Toscana, é só uma história de amor. Para a crítica, é mais do que isso: é uma lição estética sobre modos de olhar. E sentir.
"DIÁRIO DE UMA BUSCA": Único brasileiro na lista, o longa de Flávia Castro arrebatou prêmios no Brasil e no exterior com seu tráfego poético pelas franjas do público e do privado. Numa engenharia documental baseada em memórias de sua família, Flávia passa os anos de chumbo em revista enquanto investiga quem foi seu pai.
"A PELE QUE HABITO": Separados nas telas desde 1990, Pedro Almodóvar e Antonio Banderas se reuniram numa trama mais próxima das vísceras de Cronenberg do que do melodrama. Ao discutir a relação entre poder e desejo na seara da ciência, Almodóvar usou a cartilha do thriller para eletrizar nervos e transgredir morais.
"MEIA-NOITE EM PARIS": Maior sucesso de bilheteria da carreira de Woody Allen, esta aula ultrarromântica sobre evasão no tempo, pelas vias da arte, reeditou a proposta de "A rosa púrpura do Cairo". Ao "viajar" para a Paris de Picasso e Fitzgerald, Allen fez de Owen Wilson seu alter ego mais criativo.
"O VENCEDOR": Devastador, Christian Bale faturou o Oscar no papel de um ex-boxeador nocauteado pelas drogas que participa, para o bem e para o mal, da ascensão de seu irmão (Mark Wahlberg) nos ringues. Um diálogo com estéticas documentais amplifica a voltagem do drama e das lutas.
"AS PRAIAS DE AGNES": Única representante feminina da Nouvelle Vague francesa dos anos 1960 e diretora de filmes influentes como "Cléo das 5 às 7", a belga Agnès Varda criou um misto de doçura e intimismo nesta autobiografia. Falando de si, ela faz uma ode ao cinema de autor.
"INQUIETOS": Gus Van Sant alcançou uma comunhão rara entre os dois hemisférios de sua obra — o experimentalismo formal de "Elefante" e a narração clássica de "Gênio indomável" — para filosofar sobre a finitude. Frente à morte, Mia Wasikowska e Henry Hopper compõem um casal inesquecível.
OS MELHORES DE 2010
Júri composto de quinze críticos convidados pelo jornal HOJE EM DIA elegeu como os melhore filmes do ano:
1º - O ESCRITOR FANTASMA (Roman Polanski, Inglaterra)
2º - A FITA BRANCA (Michael Haneke, Alemanha)
3º - MARY & MAX – Uma Amizade Diferente (Adam Elliot, Austrália)
4º - A ORIGEM (Christopher Nolan, EUA)
5º - TROPA DE ELITE 2 (José Padilha, Brasil)
6º - O PROFETA (Jacques Audiard, França)
7º - O SEGREDO DOS SEUS OLHOS (Juan José Campanella, Argentina)
8º - A REDE SOCIAL (David Fincher, EUA)
9º - VINCERE (Marco Bellochio, Itália)
10º - VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO (Karin Ainousz e Marcelo Gomes, Brasil)
OS MELHORES DE 2009 (jornal Hoje Em Dia)
Escolhidos por seis críticos reunidos pelo jornal
1.Entre os Muros da Escola (Maurice Cantet, França)
2. Amantes (James Gray, EUA)
3.Valsa com Bashir (Ari Folman, Israel)
4.A Patida (Yôgirô Takita, Japão)
5.Gran Torino (Clint Eastwood, EUA)
6. O Lutador (Daren Aronofsky, EUA)
Sinédoque, New York (Charlie Kaufman, EUA)
7.Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, EUA)
8.Ervas Daninhas (Alain Resnais, França)
9.Milk – a Voz da Igualdade (Gus Van Sant, EUA)
10.Anticristo (Lars Von Trier, Alem-Din-Fr-It-Pol/)
OS MELHORES de 2009 (primeiras opiniões)
-Carlos Quintão / Marcelo Miranda (O Tempo)
.Amantes (James Gray)
.Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino)
.Deixa Ela Entrar (Thomas Alfredson)
.Entre os Muros da Escola
.A Troca (Clint Eastwood, EUA)
-Carlos Quintão (O Tempo)
.Appaloosa (Ed Harris, EUA_
.O Curioso Caso de Benjamin Button
.Desejo e Perigo (Ang Lee)
.Gran Torino
.Up
-Marcelo Miranda (O Tempo)
.Aquele Querido Mês de Agosto (Miguel Gomes, Portugal)
.É Proibido Fumar (Anna Muylaert, Brasil)
.Ervas Daninhas (Alain Resnais, França)
.Valsa com Bashir (Ari Folman, Israel)
-Daniel Piza (Estado de SP)
.Bastardos Inglórios (melhor filme)
.Infantis: Up, A Princesa e o Sapo
.”Oscarizados”: Benjamin Button, O Leitor, O Casamento de Raquel
100 CLÁSSICOS DO CINEMA (Ed. Taschen; Jurgen Muller, org.)
I. 1960-2000 (54 filmes)
.O Tigre e o Dragão (Ang Lee, 2000)
.Magnolia (Paul Thomas Anderson, 1999)
.Beleza Americana (Sam Mendes, 1999)
.Tudo sobre minha mãe (Pedro Almodóvar, 1999)
.Festa de Família (Thomas Vinterberg, 1998)
.A outra face (John Woo, 1997)
.Los Angeles – Cidade Proibida (Curtis Hanson, 1997)
.Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994)
.Chungking Express (Wong Kar-Wai, 1994)
.Forrest Gump (Robert Zemeckis, 1994)
.O Silêncio dos Inocentes (Jonathan Demme, 1991)
.Gêmeos, mórbida semelhança (David Cronenberg, 1988)
.Veludo Azul (David Lynch, 1985)
.The Fourth Man (Paul Verhoeven, 1983)
.Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
.Scarface (Brian de Palma, 1982/83)
.Fanny e Alexandre (Ingmar Bergman, 1982)
.Fitzcarraldo (Werner Herzog, 1981)
.Touro Indomável (Martin Scorcese, 1980)
.Apocalypse Now (Francis Ford Coppola, 1979)
.Mad Max (George Miller, 1979)
.O Tambor (Volker Schondorf, 1979)
.O Franco-Atirador (Michael Cimino, 1978)
.Annie Hall (Woody Allen, 1977)
.A Guerra das Estrelas (George Lucas, 1977)
.Taxi Driver (Martin Scorcese, 1975)
.Um Estranho no Ninho (Milos Forman, 1975)
.Tubarão (Steven Spilberg, 1975)
.Chinatown (Roman Polanski,1974)
.Uma Mulher Sob Influência (John Cassavetes, 1974)
.O Discreto Charme da Burguesia (Luis Buñuel, 1972)
.O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, 1972)
.Cabaret (Bob Fosse, 1972)
.Amargo Pesadelo (John Boorman, 1972)
.Laranja Mecânica (Stanley Kubrck, 1971)
.Morte em Veneza (Lucchino Visconti, 1970)
.Meu Ódio Será Sua Herança (Sam Peckinpah, 1969)
.Perdidos na Noite (John Sclhesinger, 1969)
.Sem Destino (Dennis Hopper, 1969)
.Era Uma Vez no Oeste (Sergio Leone, 1968)
.2001, Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)
.A Primeira Noite de um Homem (Mike Nichols, 1967)
.Bonnie e Clyede – Uma Rajada de Balas (Arthur Penn, 1967)
.Andrei Rublev (Andrei Tarkowsky, 1966)
.Pierrot le Fou (Jean-Luc Godard, 1965)
.Doutor Jivago (David Lean, 1965)
.007 Contra Goldfinger (Guy Hamilton, 1964)
.Dr. Fantástico (Stanley Kubrick, 1963)
.O Sol É Para Todos (Robert Mulligan, 1962)
.Lawrence da Arábia (David Lean, 1962)
.Bonequinha de Luxo (Blake Edwards, 1961)
.Psicose (Alfred Hitchcock, 1960)
.A Aventura (Michelangelo Antonioni, 1960)
.A Doce Vida (Federico Fellini, 1959/60)
II.1915-1959 (46 filmes)
.Ben-Hur (William Wyler, 1959)
.Quanto Mais Quente, Melhor (Billy Wilder, 1959)
.Os Incompreendidos (François Truffaut, 1958/59)
.Um Corpo Que Cai (Alfred Hitchcock, 1958)
.Morangos Silvestres (Ingmar Bergman, 1957)
.Ascensor Para o Cadafalso (Louis Malle, 1957)
.Rastros de Ódio (John Ford, 1956)
.Assim Caminha a Humanidade (George Stevens, 1956)
.Mensageiro do Diabo (Charles Laughton, 1955)
.Juventude Transvidada (Nicholas Ray, 1955)
.A Estrada da Vida (Federico Fellini,1964)
.Os Sete Samurais ((Akira Kurosawa, 1954)
.O Salário do Medo (Henri-Georges Clouzot, 1953)
.Fanfan la Tulipe (Christian-Jaque, 1952)
.Matar ou Morrer (Fred Zinnemann, 1952)
.Uma Aventura na África (John Huston, 1951)
.Uma Rua Chamada Pecado (Elia Kazan, 1951)
.Crepúsculo dos Deuses (Billy Wilder, 1950)
.Los Olvidados (Luís Buñuel, 1950)
.Rashomon (Akira Kurosawa, 1950)
.A Malvada (Joseph L. Mankiewicz, 1950)
.O Terceiro Homem (Carol Reed, 1949)
.Ladrão de Bicicletas (Vittorio de Sica, 1948)
.O Tesouro de Sierra Madre (John Huston, 1947)
.Interlúdio (Alfred Hitchcock, 1946)
.A Bela e a Fera (Jean Cocteau, 1946)
.The Big Sleep (Howard Hawks, 1946)
.Casablanca (Michael Curtis, 1942)
.Ser ou Não Ser (Ernst Lubtsch, 1942)
.Cidadão Kane (Orso Welles, 1941)
.Fantasia (Samuel Armstrong e outros, 1940)
.E o Vento Levou (Victor Fleming, 1939)
.A Grande Ilusão (Jean Renoir, 1937)
.Tempos Modernos (Charles Chaplin, 1936)
.King Kong (Merian C. Cooper, 1933)
.Duck Soup (Leo McCarey, 1933)
.M, o Vampiro de Dusseldorf (Fritz Lang, 1931)
.Sous lês Toits de Paris (René Clair, 1929/30)
.O Anjo Azul (Josef Von Sternberg, 1930)
.Metrópolis (Friz Lang, 1926)
.A General (Buster Keaton, 1926/27)
.O Encouraçado Potemkin (Serguei Eisenstein, 1925)
.Em Busca do Ouro (Charles Chaplin, 1925)
.Os Dez Mandamentos (Cecil B. Demille, 1923)
.Nosferatu (F. W. Murnau, 1922)
.O Nascimento de uma Nação (D. W. Griffith, 1915)
OS CAMPEÕES DO PRIMEIRO ANO DO BLOG
.****(4,5).BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS (The dark knight, ação, EUA/2008, direção Christopher Nolan, com Christian Bale, Heath Lodger):
5-E, 5-F, 5-G, 5-J, 5-M, 5-S; 4,5-I; 4,5-Y; 4,4-Mc’; 4,25-R; 4,1-Mc; 4-Vs; 3-Et. “Segundo filme (e o mais impactante) do diretor sobre o homem-morcego, em que este tem que enfrentar uma onda de criminalidade deflagrada pelo Coringa” (Estado de SP). “Não é só um filme de lutas, tiros e perseguições, mas um thriller tenso e sombrio, no qual se sobressai a figura do vilão... criminoso insano e assustador, que deixa no chinelo a interpretação de Jack Nicholson em 1989” (Veja). “A alegoria política mais perturbadora dos anos 80” (O Globo).
“O filme é sobre a organização social, sobre a necessidade ou não de heróis, sobre os riscos que mesmo o heroísmo impõe à democracia. Tudo a ver com os EUA de Bush, mas também com o Brasil. Grande filme”. (Estado SP). Out/08.
.****(4,3).LEMMON TREE (drama, Israel-Alemanha-França/2007, direção Eran Riklis): 5-E; 5-F; 5-G; 5-J; 4-E; 4-Mc; 4-V; 3,6-I; 3-F. Baseado em fatos reais, o drama retrata uma viúva palestina que recorre à Suprema Corte de Israel para impedir que seus limoeiros sejam derrubados pelas forças de segurança do ministro da Defesa do país, seu vizinho, que acreditam que os limoeiros oferecem risco ao ministro (F).
“Afeito a um insólito drama bem-humorado, como demonstrou em A Noiva Síria (2004), o diretor de Jerusalém aborda aqui o tenso (e por vezes absurdo) relacionamento entre árabes e judeus. Há ótimos atores, um enredo atual de idéias concisas e um desfecho comovente e muito inspirador. A formidável Hiam Abbass (de Free Zone) interpreta Salma, viúva quarentona que tira seu sustento da plantação de limões herdada do pai, bem na divisa da Cisjordânia com Israel. Mas a vidinha pacata dela está prestes a entrar em erupção quando o ministro da Defesa de Israel se muda para uma casa quase ao lado da sua. O exército, então, acredita que as árvores da vizinha atrapalham a segurança do político – e obriga Salma a derrubar os limoeiros. Mesmo sem economias, ela contrata um advogado (Ali Suliman) para fazer valer seus direitos” (Veja.SP).
“Com narrativa simples, Riklis aposta na relação silenciosa entre duas mulheres cuja proximidade de caráter representa a esperança de paz”. (O Globo). Out/08.
..****(4,3).ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ (No country for old men, thriller, EUA/07, direção Ethan e Joe Cohen/07, com Tommy Lee Jones): 5-F, 5-G, 5-S; 4,5-Mc, 4,5-S; 4,4-p; 4,3-R; 4,1-I; 4-E; 4-F; 4-M; 4-Y; 3,7-S; 3-F. Depois de descobrir mala cheia de dinheiro, homem é perseguido por matador implacável (M). Oscar de filme, direção, ator coadjuvante (Javier Barden) e roteiro adaptado.
.****(4,3).SANTIAGO (João Moreira Sales/06): 5-G.11/07; 4-E, 4-F.
“... um dos principais filmes feitos no Brasil nos últimos anos: é infinitamente aberto a releituras. Mas que coisa ele quer documentar? As extravagâncias do ex-mordomo da família Moreira Salles? A arrogância do diretor quando jovem e, depois, seu mea-culpa feito na meia-idade? O declínio de uma época, de uma família, de um personagem? A busca do tempo perdido? A persistência e a inutilidade da memória? A vacuidade da vida? As margens tênues entre o falso e o verdadeiro no documentário? Ele é tudo isso ao mesmo tempo e pode-se acrescentar mais coisas... aquilo que o inconsciente depositou nas cenas na forma do não-dito e do não-filmado... a narrativa de um aprendizado existencial... o que lhe permite ajuntar, além da trajetória de um mordomo, as histórias de uma infância, de uma família, de um desejo de cinema.” (A. Leite Neto, Folha de SP).
.****(4,3).A VIDA DOS OUTROS (Das leben der anderer, drama, Alemanha, 2006, direção Florian Hankel): 5-F, 5-G, 5-J; 4,1-R; 4-F, 4-E, 4-T; 3,7-P. Dramaturgo é considerado modelo de cidadão até ser investigado pelo governo. “Excelente painel da condição e das contradições humanas” (O Globo).
.****(4,2).PARANOID PARK (drama, dir. Gus Van Sant, França-EUA/2007): 5-F; 5-G; 4,2-S; 4,1-Mc; 4-F; 4.M; 3,5-Y. Skatista adolescente é um dos suspeitos de um assassinato que ocorreu nas cercanias de um parque para praticantes do esporte (F). “Recria os sentimentos do jovem por meio da imagem... não julga os adolescentes, que são vistos com carinho e certa estranheza que, no fundo, representa o momento que separa a infância do resto da vida” (Set).
.****(4,2).SANGUE NEGRO (There will be blood, drama, EUA/07, com Daniel Day-Lewis): 5-M, 5-G; 4,6-Mc; 4,7-S; 4,1-I; 4-E, 4-M; 4-T; 4-Y; 3-F.fev/08. No nascimento da indústria petrolífera, homem luta para se manter em ascensão. “Desmorona nossas convições a partir de um prisma: a ganância” (O Globo).
.****(4,2).SENHORES DO CRIME (Eastern Promises, ação, direção David Cronemberg, EUA-França-Inglaterra/2007): 5-F.69; 4,5-S, 4,1-Mc; 4-F, 4-E; 3,9-I; 3,7-S. Durante um parto, enfermeira presencia morte, e decide procurar a família da criança (F), envolvendo-se com a máfia russa.
..****(4,1).ENTRE OS MUROS DA ESCOLA (Entre les Murs, drama, França/2007, direção Laurent Cantet, com François Bégaudeau): 5-G; 4,6-Gs; 4-E; 4-F; 4-I; 4-J; 4-L; 4-T; 4-Vr; 3-Fa. Professor tenta manter o controle em escola na periferia parisiense (M).
“Além da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2008, o drama do diretor de A Agenda (2001) foi um dos cinco candidatos neste ano ao Oscar de melhor filme estrangeiro -- perdeu para o japonês Departures. Uma linha tênue separa a ficção do documentário e eis aí a principal originalidade do filme. Cantet fez uma livre adaptação do livro do professor François Bégaudeau e usou como atores os próprios alunos de uma escola secundária da periferia de Paris. Tudo é tão natural e perfeito que fica difícil saber onde termina a realidade e começa a encenação. Também corroteirista, Bégaudeau interpreta o mestre em língua francesa François Marin. Ele leciona para adolescentes da 7ª série e tem vários alunos insolentes. Entre eles, a dissimulada Esmeralda, o esquentado Souleymane e a respondona Khoumba. Não se trata de uma história única. São situações conflitantes e por vezes incômodas que sugerem um oportuno e implacável microcosmo de uma Paris tomada de contrastes, intransigência e pluralidade racial” (Veja.SP).
“Um filme elétrico, de rigor ímpar” (O Globo).
“... é cinema de primeira... a janela que abre para o universo educacional deveria... provocar a reflexão de todos os que entregam seus filhos aos cuidados do sistema de ensino básico... muitas vezes sem ter idéia do que se passa ali dentro e da profunda crise de valores da escola como instituição. Por fim, é a sociedade contemporânea e sua dificuldade em lidar com alguns conceitos-chave, como democracia, igualdade de direitos e cidadania, que transborda pelas quatro paredes da sala de aula. O filme celebra também
um salto qualitativo no formato híbrido de realização que o cineasta vinha experimentando... baseado em um romance, mas em que todos os procedimentos de realização, incluindo o trabalho como os atores e o dispositivo de captação de imagens, são característicos do documentário. O grande cinema chega sempre perto de mostrar as coisas como elas são, mas talvez não consigamos enxergar. Não é da escola que se fala, como em tantos discursos bem-intencionados, mas enviesados. Aqui, é a própria escola que se deixa revelar” (S. Rizzo, Folha de SP).
..****(4,1).LINHA DE PASSE (drama, Brasil/2008, direção Walter Salles e Daniela Thomas, com Vinicius de Oliveira e Sandra Carveloni): 5-E.t; 5-G;
5-J; 4,2-Gs; 4-F; 4-E; 4-M; 4-S; 3-F.a; 3-T. Empregada doméstica que vive na periferia de São Paulo luta para educar os quatro filhos; todos de pais diferentes e ausentes: Reginaldo, o mais novo, obcecado em descobrir a identidade do pai; Dario, que sonha com uma carreira no futebol; Denis, motoboy que trabalha para pagar a moto e contribuir nas despesas do filho que teve com a namorada; e Dinho, evangélico fervoroso que trabalha como frentista. Vencedor do prêmio de melhor atriz (Sandra Corveloni) no Festival de Cannes 2008 (F).
A busca por uma identidade brasileira num ótimo roteiro e excelentes interpretações (G).
Se há acertos nas ótimas atuações e em alguns conflitos pessoais, a dupla cerca o roteiro com uma demagógica resposta para justificar atos criminosos. A platéia podia passar sem essa (V.Rio).
Filme se opõe ao “cinema de pobre” – com aspecto documental, retrata universos dos “sem esperança” e reforça humanismo do diretor (F).
Se trata de opções, responsabilidades e culpas, lembra-nos, o tempo todo, que talvez sejam relativas, que devem, necessariamente, ser atribuídas também a um contexto sobre o qual não temos o menor controle (M).
Apesar de sofrer de certa inocência social (ricos são idiotas, motoboys assaltam pois são levados a isso, futebol é corrupto e o mundo nos torna pior), as histórias conquistam pelo carisma dos personagens (S).
Retrato do desejo que pulsa na periferia: expõe a luta de uma mulher e seus filhos para não serem engolidos por uma cidade cada vez mais desumana. Espécie de releitura brasileira de “Rocco e seus irmãos”? Pelo menos do ponto de vista temático, parece. As histórias dos filhos vão e vem, se esbatem e se concentram na própria história da mãe, em interpretação inesquecível de Sandra Corveloni, que lhe valeu o prêmio de melhor atriz em Cannes. Ela é exemplo de força; porém, tem que usar parte dessa força para si mesma, e não apenas em benefício dos filhos. Essa talvez seja a melhor dinâmica encontrada pelo filme, o ir e vir, sem costuras aparentes, entre a psicologia dos personagens e o espaço social que eles encontram, ou não, para desenvolver seus desejos. Vale-se de proposta realista para escavar nessa grande incógnita da periferia, pelo menos do ponto de vista dos mais privilegiados –há uma pulsão jovem e forte em ação, e ela não se limita à zona sul. Ela vai além do determinismo econômico e pode ajudar a entender não só a opção pela criminalidade como por outros caminhos socialmente aceito. Não é nem pessimista, nem cai no outro oposto, a facilidade da redenção (Estado de São Paulo).
A narrativa simultânea das cinco histórias é o grande vigor do filme. O roteiro bem calibrado nos apresenta os personagens sem esquematismo e cria conflitos e reviravoltas que prendem a atenção. Mais que isso: a partir da metade ficamos mais apreensivos, ansiosos pelo que acontecerá. A tentação do crime é filmada sem apelo... e as seqüências de futebol estão entre as melhores do cinema brasileiro. No entanto, embora apolítico, o diretor não consegue deixar de fora a redução ideológica: toda vez que aparece alguém de classe média ou alta, é para simbolizar o que há de ruim na sociedade brasileira (D. Piza, O Estado de S. P.).
Um belíssimo filme sobre a vida como uma graça a ser vivida com fraternidade... literalmente sublime (Cacá Diegues, Folha SP).
Em que pesem as boas cenas de futebol e de rua, a engenhosa costura da narrativa e o ótimo Kaíque, não é a apenas grandeza cinematográfica que falta ao filme. Como ensaio sociológico, também não vai muito longe (M. A. Gonçalves, Folha SP).
Emociona profundamente sem jamais flertar com o melodrama. Nos envolve pela verdade que há em cada personagem e não pela astúcia de uma boa trama inventada por um roteiro hábil. Kurosawa deu uma dimensão épica aos japoneses. Creio que “Linha...” tem também a força de dar uma cara ao Brasil urbano (Fernando Meirelles, O Estado SP)
A cultura brasileira, uma vez mais, é revista pelo talento dos dois diretores – e o resultado é apaixonante dos pontos de vista artístico e humano. A matéria-prima é o cotidiano dos que carregam este país nas costas... decidir entre o bem e o mal, em regime de urgência, em assuntos que implicam a sobrevivência, é uma das formas mais duras de por à prova nossa consciência moral. Donde o inquietante tom agônico do filme. Os personagens vivem num exaustivo processo de luta consigo e com os outros, num movimento de tensão psicológico-moral no limite do insuportável... mesmo jogados ao fundo do poço moral, não sucumbem. Ao contrário, reagem e desmentem as clássicas imagens de impotência dos mais frágeis. Filme com a marca registrada dos diretores: inimitável e imperdível (psicanalista J. Freire Costa, Folha SP). Nov/08.
..****(4,1).LUZ SILENCIOSA (Silent Light, México-França-Holanda/2007, direçao Carlos Reygadas): 5-G, 5-J; 4-Y; 3,6-I; 3-L. Homem casado que vive em comunidade religiosa fundamentalista se apaixona por outra mulher (M). “Oásis de inteligência e sensibilidade” (O Globo). Ago/08.
OS 50 MELHORES FILMES 2001-2009
A revista Monet convidou 250 cineastas, atores e outras pessoas ligadas ao cinema, que escolheram os cinqüenta filmes mais relevantes, a partir de 2001, e que “... refletem o espírito do nosso tempo”. São os seguintes:
1.Cidade de Deus (Fernando Meireles, Brasil/2002)
2.Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
(Michel Gondry, EUA/2004)
3.A Vida dos Outros (Florian H. Donnersmarck, Alemanha/2006)
4.Dogville (Lars Von Trier, Din-Sue-Nor-Finl-Ing-Fr/2003)
5.Fale Com Ela (Pedro Almodovar, Espanha/2002)
6.Ponto Final – Matchpoint (Woody Allen, Reino Unido/2005)
7.Cidade dos Sonhos (David Lynch, EUA/2001)
8.O Senhor dos Anéis (Peter Jackson, EUA-N.Zel-Al/2001-03)
9.Elefante (Gus Van Sant, EUA/2003)
10.O Pianista (Roman Polanski, Fr-Al-R.Unido/2002)
11.Onde os Fracos Não Tem Vez (Ethan e Joel Coen, EUA/2007)
12.As Invasões Bárbaras (Denys Arcand, Can-Fr/2003)
13.O Segredo de Brokeback Mountain (Ang Lee, EUA/2005)
14.Pequena Miss Sunshine (Jonathan Daytone e Valerie Farls,
EUA/2006)
15.Crash – No Limite (Paul Haggis, EUA/2004)
16.Menina de Ouro (Clint Eastwood, EUA/2004)
17.O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, França-Alemanha/2001)
18.Os Infiltrados (Martin Scorcese, EUA-Hong Kong/2006)
19.Quem Quer Ser Um Milionário? (Danny Boyle, Reino Unido/2008)
20.Em Busca da Vida (Jia Zhang-ke, China-Hong Kong/2006)
21.Kill Bil 1 e 2 (Quentin Tarantino, EUA/2003-04)
22.O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel, França-EUA/2007)
23.21 Gramas (Alejandro González Iñárritu, EUA/2003)
24.Closer – Perto Demais (Mike Nichols, EUA/2004)
25.Encontros e Desencontros (Sofia Coppola, EUA-Japão/2003)
26.Império dos Sonhos (David Lynch, EUA-Polônia-França/2006)
27.O Curioso Caso de Benjamin Button (David Fincher, EUA/2008)
28.O Labirinto do Fauno (Guillermo del Toro, Espanha-México-EUA/2006)
29.O Pântano (Lucrecia Martel, Argentina-França-Espanha/2006)
30.Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, EUA/2007)
31.Serras da Desordem (Andréa Tonacci, Brasil/2006)
32.A Queda – As Últimas Horas de Hitler (Oliver Hirshbiegel, Al-It-Áus/2004)
33.Adaptação (Spike Jonze, EUA/2002)
34.Arca Russa (Aleksandr Sokurov, Rússia-Al/2002
35.Batman – O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, EUA/2008)
36.Moulin Rouge - O Amor em Vermelho (Baz Luhrmann, Austrália-EUA/2001)
37.Os Incríveis (Brad Bird, EUA/2004)
38.Piaf – Um Hino ao Amor (Olivier Dahan, Fr-R.Unido-Rep.Checa/2007)
39.Procurando Nemo (Andrew Stanton e Lee Unkich, EUA/2003)
40.Santiago (João Moreira Salles, Brasil/2007)
41.Shreck (Andrew Adamson, EUA/2001)
42.Sobre Meninos e Lobos (Clint Eastwood, EUA/2003)
43.Volver (Pedro Almodóvar, Espanha/2006)
44.Adeus, Lênin (Wolfgang Becker, Alemanha/2003)
45.Uma Mente Brilhante (Ron Howard, EUA/2001)
46.A Viagem de Chihiro (Hauao Miyazaki, Japão/2001)
47.Miami Vice (Michael Mann, EUA/2006)
48.Babel (Alejandro González Iñárritu, Fr-EUA-México/2006)
49.4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (Cristian Mungiu, Romênia/2007)
50.Sonata de Tóquio (Kiyoshi Kurosawa, Jap-Hol-H.Kong/2008)
OSCAR – Principais Premiações.2009
(Estado de Minas, 24/fev)
.Filme
Quem Quer Ser Um Milionário (Danny Boyle)
.Diretor
Danny Boyle (Quem Quer Ser Um Milionário)
.Ator
Sean Penn (Milk – A Voz da Igualdade)
.Atriz
Kate Winslet (O Leitor)
.Atriz Coadjuvante
Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)
.Ator Coadjuvante
Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas)
.Filme em língua não-inglesa
Okuribito, de Yogiro Takita (Japão)
.Roteiro Origignal
Dustin Lance Black (Milk)
.Roteiro Adaptado
Simon Beaufoy (Quem Quer Ser…)
.Fotografia
Anthony Dod Mantle (Quem Quer Ser...)
.Montagem
Chris Dickers (Quem Quer Ser...)
.Direção de Arte
Donald Grahan Burt e Victor J. Zalfo
(O Curioso Caso de Benjamin Button)
.Figurino
Michael O’Connor (A Duquesa)
.Maquiagem
Greg Cannon (O Curioso Caso...)
.Música Original
A. R. Rahman (Quem Quer Ser...)
.Canção
Jai Ho, de A. R. Rahman e Sampooran Singh Gulzar
(Quem Quer Ser...)
INDICAÇÕES AO OSCAR-2009 (Estado de Minas, 23/jan)
O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON é o recordista, com 13 indicações. Dos filmes recentemente em cartaz:
.O CURIOSO CASO...: filme, diretor (David Fincher), ator (Brad Pitt), atriz coadjuvante (Taraji P. Henson).
.A TROCA: atriz (Angelina Jolie)
.BATMAN – O Cavaleiro das Trevas – ator coadjuvante (Heath Ledger)
.TROVÃO TROPICAL: ator coadjuvante (Robert Downey Jr.)
.VICKY CRISTINA BARCELONA: atriz coadjuvante (Penélope Cruz)
Revista SET (jan/09) - OS MELHORES DE 2008
(para votação dos leitores)
FILME ESTRANGEIRO
.007 – Quantum of Solace
.Batman – o Cavaleiro das Trevas
.Desejo e Reparação
.Homem de Ferro
.O Incrível Hulk
.Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
.Juno
.O Menino do Pijama Listrado
.Na Natureza Selvagem
.Onde os Fracos Não Tem Vez
.Rebobine por Favor
.Sangue Negro
.Sex and the City
.Trovão Tropical
.Wall-E
NACIONAL
.Ainda Orangotangos
.A Casa da Mãe Joana
.Chega de Saudade
.Os Desafinados
.Deserto Feliz
.Encarnação do Demônio
.Estômago
.Feliz Natal
.Linha de Passe
.Meu Nome Não é Johnny
.Orquestra dos Meninos
.Romance
.O Signo da Cidade
.Terra Vermelha
.Última Parada 174
OS MELHORES FILMES DE 2008 (O Estado de São Paulo)
I- Segundo o crítico Luis Carlos Merten
.Batman, o Cavaleiro das Trevas (melhor filme do ano)
.Não Estou Lá (Todd Haynes)
.Rebobine, por Favor (Michel Gondry)
.Luz Silenciosa (Carlos Reygadas)
.Serras da Desorden (Andréa Tonacci)
.Linha de Passe (Walter Salles e Daniella Thomas)
.Falsa Loura (Carlos Reichenbach)
.Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais (Carlos Prates)
.Desejo e Reparação (Joe Wright)
.Senhores do Crime (David Cronenberg)
.Um Conto de Natal (Arnaud Desplechin)
CENAS que vão permanecer no imaginário dos cinéfilos
.Batman (a cena do andaime)
.Desejo e Reparação (o vestido verde de Keira Knightley)
.Não Estou Lá (as cenas de Cate Blanchett)
.Falsa Loira (a expressão de Rosane Mulholland, no final)
.Meu Nome não é Johnny (Selton Mello, impecável)
.Romance (Wagner Moura)
.A Guerra dos Rocha (quando Ary Fontoura recebe o verdadeiro dono do cadáver que está sendo velado)
II. Segundo o crítico Luiz Zanin Oricchio
-EUROPA
.O Silêncio de Lorna (irmãos Dardenne)
.Quatro Meses, Três Semanas, Dois Dias (Cristian Mungiu, Romênia)
.A Questão Humana (Nicolas Klota)
.Armênia (Robert Guédiguian, França)
.Lady Jane (idem acima)
.A Fronteira da Alvorada (Philippe Garrel, França)
.O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel)
.O Segredo do Grão (Abdel Kechiche)
.As Aventuras de Molière (Laurent Tirard)
.Em Paris (Christophe Honoré, França)
.A Bela Junie (idem acima)
.Uma Garota Dividida em Dois (Claude Chabrol, França)
.Meu Irmão É Filho Único (Danielle Luchetti, Itália)
.Caos Calmo (Antonello Grimaldi, Itália)
.Gomorra (Matteo Garrone, Itália)
.Zona do Crime (Rodrigo Plá, México)
.Luz Silenciosa (Carlos Reygadas, México)
.Fôlego (Kin-Ki-Duk, Coréia)
-ESTADOS UNIDOS
.Onde Os Fracos Não Tem Vez
.Queime Depois de Ler
.Antes Que o Diabo Saiba Que Você Está Morto
.Sweeney Todd (Tim Burton)
.Paranoid Park (Gus van Sant)
.Sangue Negro (Paul Thomas Anderson)
.Senhores do Crime (David Cronemberg)
.Na Natureza Selvagem (Sean Penn)
.O Sonho de Cassandra (Woody Allen)
.Vicky Cristina Barcelona
-BRASIL
.Serras da Desordem
.Terra Vermelha
.Linha de Passe
.Meu Nome Não É Johnny
.Feliz Natal
.Corpo (Rosana Foglia e Rubens Rewald)
.Ainda Orangotangos (Gustavo Spolidoro)
.Meu Nome é Dindi (Bruno Safady)
.Deserto Feliz (Paulo Caldas)
.Andarilho (Cao Guimarães)
.Chega de Saudade (Laís Bodansky)
.Estômago (Marcos Jorge)
.Falsa Loura
.Onda Andará Dulce Veiga (Guilherme de Almeida Prado)
.Encarnação do Demônio
OS CEM MELHORES DE TODOS OS TEMPOS (CAHIERS DU CINÉMA)
“A Cahiers du Cinéma, publicação francesa considerada uma das mais importantes críticas do cinema mundial, publicou um livro em que elege os cem filmes obrigatórios em qualquer cinemateca.
Foram consultadas cerca de 76 pessoas envolvidas com a sétima arte, entre eles cineastas, historiadores e críticos franceses. Destacando clássicos, a obra coloca na lista apenas três filmes das duas últimas décadas: Van Gogh (1991), de Maurice Pialat; Fale com Ela (2002), de Pedro Almodóvar; e Cidade dos Sonhos (2001), de David Lynch.
O sempre citado Cidadão Kane, de Orson Welles, ficou em primeiro lugar. O longa venceu o Oscar de Melhor Roteiro Original em 1942 e se tornou um marco na história do cinema, influenciando a narrativa, a fotografia e a edição de muitos outros filmes. Outro filme de Welles, A Marca da Maldade, também está na publicação.
Três filmes de Alfred Hitchcock fazem parte da lista: Um Corpo que Cai (1958), Intriga Internacional (1959) e Interlúdio (1946), eleito um dos melhores filmes pelo jornal The New York Times em 1946.
Em Busca do Ouro (1925), Luzes na Cidade (1931), Tempos Modernos (1936), O Grande Ditador (1940) e Monsieur Verdoux (1947) são os cinco filmes de Charlie Chaplin que figuram no livro.
Ainda fazem parte da lista O Poderoso Chefão (1972), Apocalypse Now (ambos de Francis Ford Coppola) e Manhattan (1979), de Woody Allen” (Redação Cineclick).
Fontes: Classificação, título do filme na França, diretor e número de votos:
Cahiers.
Título em português e ano de realização: Yahoo.
1. Citizen Kane – Cidadão Kane (Orson Welles, 1947) 48 votos
2. La Nuit du chasseur - O Mensageiro do Diabo (Charles Laughton, 1955) 47
3. La Règle du jeu – A Regra do Jogo (Jean Renoir, 1939) 47
4. L’Aurore - Aurora(Friedrich Wilhelm Murnau Murnau, 1927) 46
5. L’Atalante – O Atalante (Jean Vigo, 1934) 43
6. M. le Maudit - M, o Vampiro de Dusseldorf (Fritz Lang, 1931) 40
7. Chantons sous la pluie – Cantando na Chuva (Stanley Donen et Gene Kelly, 1952) 39
8. Vertigo – Um Corpo Que Cai (Alfred Hitchcock, 1958) 35
9. Les Enfants du Paradis – Boulevard do Crime (Marcel Carné, 1945) 34
10.La Prisonnière du désert – Rastros de Ódio (John Ford, 1956) 34
11.Les Rapaces – Ouro e Maldição (Eric von Stroheim, 1924) 34
12.Rio Bravo - Rio Bravo, Onde Começa o Inferno (Howard Hawks, 1959) 33
13.To Be or Not to Be – Ser ou Não Ser (Ernst Lubitsch, 1942) 33
14.Voyage à Tokyo – Era Uma Vez em Tóquio(Yasujiro Ozu, 1953) 29
15.Le Mépris – O Desprezo (Jean-Luc Godard, 1963) 28
16. (27 votos) – 5 filmes
Les Contes de la lune vague – Contos da Lua Vaga (Kenji Mizoguchi, 1953)
Les Lumières de la ville – Luzes da Cidade(Charles Chaplin, 1931)
Le Mécano de la Général – A General (Buster Keaton, 1927)
Nosferatu le vampire – Nosferatu (Friedrich Wilhelm Murnau, 1922)
Le Salon de musique – A Sala de Música (Satiajit Ray, 1958)
17. (26 votos) – 3 filmes
Freaks – Monstros (Tod Browning, 1932)
Johnny Guitar (Nicholas Ray, 1954)
La Maman et la Putain – A Mãe e a Puta (Jean Eustache, 1973)
18. (25 votos) – 6 filmes
Le Dictateur – O Grande Ditador (Charles Chaplin, 1940)
Le Guépard – O Leopardo (Luchino Visconti, 1963)
Hiroshima mon amour – Hiroshima, Meu Amor (Alain Resnais, 1959)
Loulou – A Caixa de Pandora (G.W. Pabst, 1929)
La Mort aux trousses – Intriga Internacional (Alfred Hitchcock, 1959)
Pickpocket – O Batedor de Carteiras (Robert Bresson, 1959)
19 (24 votos) – 6 filmes
Casque d’or – Amores de Apache (Jacques Becker, !952)
La Comtesse aux pieds nus – A Condessa Descalça (Joseph Mankiewicz, 1954)
Les Contrebandiers de Moonfleet – O Tesouro do Barba Ruiva (Fritz Lang, 1955)
Madame de... – Desejos Proibidos (Max Ophuls, 1953)
Le Plaisir – O Prazer (Max Ophuls, 1952)
Voyage au bout de l’enfer – O Franco Atirador (Michael Cimino, 1958)
20 (23 votos) – 7 filmes
L’Avventura – A Aventura (Michelangelo Antonioni, 1960)
Le Cuirassé Potemkine – O Encoraçado Potemkin (S. M. Eisenstein, 1925)
Les Enchaînés – Interlúdio (Alfred Hitchcock, 1956)
Ivan le Terrible – Ivan, O Terrível (S. M. Eisenstein, 1944)
Le Parrain – O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, 1972)
La Soif du mal – A Marca da Maldade (Orson Welles, 1958)
Le Vent – Vento e Areia (Victor Sjöström, 1928)
21 (22 votos) – 2 filmes
2001 odyssée de l’espace – 2001, Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)
Fanny et Alexandre – Fanny e Alexandre (Ingmar Bergman, 1982)
22 (21 votos) – 5 filmes
La Foule – A Turba (King Vidor, 1928)
Huit et demi – 8 e ½ (Federico Fellini, 1963)
La Jetée – Sel Sol (Chris Marker, 1962)
Pierrot le Fou – O Demônio das Onze Horas (Jean-Luc Godard, 1965)
Le Roman d’un tricheur – O Romance de Um Trapaceiro (Sacha Guitry, 1936)
23 (20 votos) – 8 filmes
Amarcord – Amarcord (Federico Fellini, 1973)
La Belle et la Bête – A Bela e a Fera (Jean Cocteau, 1946)
Certains l’aiment chaud – Quanto Mais Quente Melhor (Billy Wilder, 1959)
Comme un torrent – Deus Sabe Quanto Amei (Vicente Minnelli, 1958)
Gertrud - Gertrud (Carl Th. Dreyer, 1964)
King Kong - King Kong (Ernst Shoedsack et Merian J. Cooper, 1933)
Laura – Laura (Otto Preminger, 1944)
Les Septs Samouraïs – Os Sete Samurais (Akira Kurosawa, 1954)
24 (19 votos) – 7 filmes
Les 400 coups – Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959)
La Dolce Vita – A Doce Vida (Federico Fellini, 1960)
Gens de Dublin – Os Vivos e os Mortos (John Huston, 1987)
Haute pègre – Ladrão de Alvova (Ernst Lubitsch, 1932)
La vie est belle – A Felicidade não se Compra (Frank Capra, 1946)
Monsieur Verdoux – Monsieur Verdoux (Charles Chaplin, 1947)
La Passion de Jeanne d’Arc – O Martírio de Jona d’Arc (Carl Th. Dreyer, 1928)
25. (18 votos) – 11 filmes
À bout de souffle – Acossado (Jean-Luc Godard, 1960)
Apocalypse Now – Apocalypse Now (Francis Ford Coppola, 1979)
Barry Lindon – Barry Lindon (Stanley Kubrick, 1975)
La Grande Illusion – A Grande Ilusão (Jean Renoir, 1937)
Intolérance - Intlerância (David Wark Griffith, 1916)
Partie de campagne – Partie de Campagne (Jean Renoir, 1936)
Playtime – Playtime (Jacques Tati, 1967)
Rome ville ouverte – Roma Cidade Aberta (Roberto Rosselini, 1946)
Senso – Sedução da Carne (Luchino Visconti, 1954)
Les Temps modernes (Charles Chaplin)
Van Gogh (Maurice Pialat)
26 (17 votos) – 9 filmes
Elle et Lui – Tarde Demais para Esquecer (Leo McCarey, 1957)
Andrei Roublev – O Artista Maldito (Andrei Tarkovski, 1969)
L’Impératrice rouge – A Imperatriz Galante (Joseph von Sternberg, 1934)
L’Intendant Sansho – O Intendente Sansho (Kenji Mizoguchi, 1954)
Parle avec elle – Fale com Ela (Pedro Almodóvar, 2002)
The Party – Um Convidado bem Trapalhão (Blake Edwards, 1968)
Tabu – Tabu (F. W. Murnau, 1931)
Tous en scène, The Bandwagon – A Roda da Fortuna (Vincente Minnelli, 1953)
Une étoile est née – Nasce uma Estrela(George Cukor, 1954)
Les Vacances de Monsieur Hulot – As Férias do Sr. Hulot (Jacques Tati, 1953)
27 (16 votos) – 15 filmes
America América – A Terra do Sonho Distante (Elia Kazan, 1963)
El – O Alucinado (Luis Buñuel, 1953)
En quatrième vitesse – A Morte num Beijo (Robert Aldrich, 1955)
Il était une fois en Amérique – Era uma vez na América (Sergio Leone, 1984)
Le Jour se lève – Trágico Amanhecer (Marcel Carné, 1939)
Lettre d’une inconnue – Carta de uma Desconhecida (Max Ophuls, 1948)
Lola – Lola, a Flor Proibida (Jacques Demy, 1961)
Manhattan – Manhattan (Woody Allen, 1979)
Mulholland Drive – Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)
Ma nuit chez Maud – Minha Noite com Ela (Eric Rohmer, 1969)
Nuit et Brouillard – Noite e Neblina (Alain Resnais, 1955)
La Ruée vers l’or – Em Busca do Ouro (Charles Chaplin, 1925)
Scarface – A Vergonha de uma Nação (Howard Hawks, 1932)
Le Voleur de bicyclette – Ladrões de Bicicleta (Vittorio de Sica, 1948)
Napoléon – Napoleão (Abel Gance, 1955)
OS 50 MELHORES FILMES DOS ÚLTIMOS 50 ANOS (FOLHA DE SP)
Comemorando 50 anos da primeira edição do caderno Folha Ilustrada, o jornal Folha de São Paulo convidou cinco de seus críticos a apresentarem uma relação com os dez melhores filmes de cada período de dez anos, de 1958 a 2008. Foram os seguintes os filmes escolhidos (entre parênteses, o nome do crítico):
1958-69 (Inácio Araújo)
.A Marca da Maldade (Orson Wlles, 1958)
.Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959)
.Pickpocket (Robert Bresson, 1959)
.Se Meu Apartamento Falasse (Billy Wilder, 1960)
.Paixões que Alucinam (Samuel Fuller, 1963)
.Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha, 1964)
.O Demônio das Onze Horas (Jean-Luc Godard, 1965)
.Blow-Up, Depois Daquele Beijo (Michelangelo Antonioni, 1966)
.A Tomada do Poder por Luís 14 (Roberto Rossellini, 1968)
.O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla, 1968)
1970-79 (Sérgio Rizzo)
.Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita (Elio Petri, 1070)
.Laranja Mecânica (Stanleu Kubridk, 1971)
.O Discreto Charme da Burguesia (Luís Buñuel, 1972)
.Gritos e Sussurros (Ingmar Bergman, 1972)
.O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, 1972)
.O Último Tango em Paris (Bernardo Bertolucci, 1972)
.Amarcord (Federico Fellini, 1973)
.A Noite Americana (François Truffaut, 1073)
.O Império dos Sentidos (Nagisa Oshima, 1976)
.Taxi Driver (Martin Scorcese, 1976)
1980-89 (José Geraldo Couto)
.Touro Indomável (Martin Scorcese, 1980)
.Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
.Fanny & Alexander (Ingmar Bergman, 1983)
.Memórias do Cárcere (Nelson Pereira dos Santos, 1983)
.E la Nave Va (Federico Fellini, 1983)
.Paris, Texas (Win Wenders, 1984)
.Eu Vos Saúdo, Maria (Jean-Luc Godard, 1985)
.Veludo Azul (David Lynch, 1986)
.Não Matarás (Krysztof Kieslowski, 1988)
1990-99 (Pedro Butches)
.Os Bons Companheiros (Martin Scorcese, 1990)
.Os Imperdoáveis (Clint Eastwood, 1992)
.O Jogador (Robert Altman, 1992)
.A Liberdade é Azul (Krysztof Kieslowski, 1993)
.Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994)
.O Rio (Tsai Ming Liang, 1997)
.O Gosto de Cereja (Abbas Kiarostami, 1997)
.Titanic (James Cameron,1998)
.Central do Brasil (Walter Salles, 1998)
.Tudo Sobre Minha Mãe (Pedro Almodóvar, 1999)
2000-08 (Cássio Starling Carlos)
.Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)
.O Pântano (Lucrecia Martel, 2001)
.O Senhor dos Anéis (Peter Jackson, 2001)
.Edifício Máster (Eduardo Coutinho, 2002)
.Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Kátia Lund, 2002)
.Elefante (Gus Van Sant, 2003)
.A Vila (M. Night Shyamaian, 2004)
.O Segredo de Brokeback Mountain (Ang Lee, 2005)
.Volver (Pedro Almodóvar, 2006)
.Em Busca da Vida (Jia Zhang-ke, 2006)
OS MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS
1. REVISTA BRAVO (100 Filmes Essenciais, 2007)
Os dez melhores:
1. Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA/1941, direção Orson Welles)
2. O Poderoso Chefão (The Godfather, EUA/1972,
direção Francis Ford Coppola)
3. Sindicato de Ladrões (On the Waterfront, EUA/1954, direção Elia Kazan)
4. Um Corpo que Cai (Vertigo, EUA/1958, direção Alfred Hitchcock)
5. Casablanca (Casablanca, EUA/1942, direção Michael Curtiz)
6. 8½ (8½, Itália/1963, direção Federico Fellini)
7. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, EUA-Inglaterra/1965,
direção David Lean)
8. A Regra do Jogo (La Règle du Jeu, França/1939, direção Jean Renoir)
9. O Encouraçado Potemkin (Rússia/1925, direção Sergei Eisenstein)
10.Rastros de Ódio (The Searchers, EUA/1956, direção John Ford)
2. SIGHT & SOUND (BRITISH FILM INSTITUTE), 2002
Escolha promovida a cada dez anos, desde 1952 (próxima escolha: 2012)
Os dez melhores (escolha de dezenas de críticos de cinema):
1. Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA/1941, direção Orson Welles) – 46 votos
2. O Corpo que Cai (Vertigo, EUA/1958, direção Alfred Hitchcock) – 41 votos
3. A Regra do Jogo (La Règle du Jeu, França/1939, direção Jean Renoir)
– 30 votos
4. O Poderoso Chefão, I e II O Poderoso Chefão (The Godfather,
EUA/1972, 1974, direção Francis Ford Coppola) – 23 votos
5. Era uma vez em Tokyo (Tokyo Monogatari, Japão/1953,
direção Yasujiru Osu) – 22 votos
6. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, EUA/1968,
direção Stanley Kubrick) – 21 votos
7. Encouraçado Potemkin (Rússia/1925, direção Sergei Eisenstein)
- 19 votos
Aurora (Sunrise (Murnau, EUA/1927) – 19 votos
8. 8½ (8½, Itália/1963, direção Federico Fellini) – 18 votos
9. Cantando na Chuva (Singin' In the Rain, EUA/1952, direção Kelly, Donen)
- 17 votos
10.Os Sete Samurais (Japão/1954, direção Akira Kurosawa) – 15 votos
Rastros de Ódio (The Searchers, EUA/1956, direção John Ford)
- 15 votos
3. SIGHT & SOUND (BRITISH FILM INSTITUTE, 2002
Escolha promovida a cada dez anos, desde 1952 (próxima escolha: 2012)
Os dez melhores (escolha de dezenas de diretores)
1. Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA/1941, direção Orson Welles) - 42 votos
2. O Poderoso Chefão (The Godfather, EUA/1972,
direção Francis Ford Coppola) – 28 votos
3. 8½ (8½, Itália/1963, direção Federico Fellini)- 19 votos
4. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, EUA-Inglaterra/1965,
direção David Lean) – 16 votos
5. Dr. Fantástico (Dr. Strangelove, EUA-Inglaterra/1964,
direção Stanley Kubrick) - 14 votos
6. Ladrões de bicicleta (Ladri di Biciclette, Itália/1947,
Direção Vittorio De Sica) - 13 votos
Touro Indomável (Raging Bull, EUA/1980, direção Martin Scorcese)
– 13 votos
O Corpo que Cai (Vertigo, EUA/1958, direção Alfred Hitchcock)
- 13 votos
7. A Regra do Jogo (La Règle du Jeu, França/1939, direção Jean Renoir)
- 12 votos
Rashomon (Rashomon, Japão/1950, direção Akira Kurosawa)
- 12 votos
Os Sete Samurais (Japão/1954, direção Akira Kurosawa)
- 12 votos
8. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, EUA/1968,
direção Stanley Kubrick) – 11 votos
Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, EUA/1950,
direção Billy Wilder) – 11 votos
9. Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment, EUA/1960,
Direção Billy Wilder - 10 votos
La Dolce Vita (La Dolce Vita, Itália/1960, direção Federico Fellini)
- 10 votos
10.O Espelho (Zerkalo, Rússia/1974, direção Andrei Tarkovsky) - 9 votos
Psicose (Psycho, EUA/1960, direção Alfred Hitchcock) – 9 votos
Era uma vez em Tokyo (Tokyo Monogatari, Japão/1953,
direção Yasujiru Osu) – 9 votos
4. AMERICAN FILM INSTITUTE
Os dez melhores:
1. Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA/1941, direção Orson Welles)
2. O Poderoso Chefão (The Godfather, EUA/1972,
direção Francis Ford Coppola)
3. Casablanca (Casablanca, EUA/1942, direção Michael Curtiz)
4. Touro Indomável (Raging Bull, EUA/1980, direção Martin Scorcese)
5. Cantando na Chuva (Singin' In the Rain, EUA/1952, direção Kelly, Donen)
6. E o Vento Levou (Gone With the Wind, EUA/1939,
direção VictorFleming)
7. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, EUA-Inglaterra/1965,
direção David Lean)
8. A Lista de Schindler (Schindler´s list, EUA/1993, direção Steven Spielberg)
9. O Corpo que Cai (Vertigo, EUA/1958, direção Alfred Hitchcock)
10.Mágico de Oz (The Wizard of Oz, EUA1939, direção Victor Fleming)
OS VINTE MELHORES DE 2007 - PAISÁ (Revista de Cinema)
1 – Medos Privados em Lugares Públicos (Alain Resnais)
O que a Paisà disse. Não que os filmes de Resnais a partir da década de 80 tenham passado por qualquer transformação radical. Ele sempre foi o maior expoente do que podemos chamar de realismo impressionista. Desde os tempos de Hiroshima, mon Amour o que estava em jogo era como o cineasta poderia transcrever em termos concretos o estado de espírito de seus personagens. As peças teatrais algo arcaicas que vem atraindo suas atenções desde então são apenas um bom filtro para esta arte, permitindo ao cineasta trabalhar sua forma tão particular de realismo do artifício, em que toda a falsidade em cena existe em função do mais exato dos sentimentos. A arte de Resnais é o perfeito oposto do naturalismo crível que normalmente passa por realismo por aí. Seu cinema é o da crença de que para ir ao fundo do problema todos os recursos em mãos são válidos; que um cenário teatral pode expressar algo muito mais verdadeiro na tela do que a mais realista das locações.
Filipe Furtado
O que disseram. A sujeira, a ingratidão da imagem como um comentário do e sobre o mundo, então? Talvez seja isso, no fundo, o que me agrada em Medos Privados em Lugares Públicos. A imagem não se contenta em ser, ela comenta sua própria figuração, sua própria estranheza. E é sem dúvida por isso que o filme pareceu cínico, sem carne para alguns. O que a meu ver ele não é. O que é figurado é já o fim de alguma coisa (desde o começo do filme), como se Resnais encenasse o fim de seu próprio cinema, o fim de seu mundo. O fim, no sentido de que o belo teria desertado: o fim do belo como uma porta aberta para a morte.
Jean-Sebastian Chauvin, em seu blog (tradução de Luiz Carlos Oliveira Jr. para a Contracampo)
2 – Maria (Abel Ferrara)
O que a Paisà disse. Pois se, como acreditamos, Mary inscreve no seu interior um processo de interposição das convicções messiânicas comuns à obra de Glauber às enchentes insurgentes de afetos e demonstrações de amor caras ao cinema de Cassavetes, tal processo é provocado menos por uma vontade de integração e subseqüente conciliação que por uma incontrolável aceitação plena e irrestrita da massa informe do real, jamais vista com tal poder e abundância em qualquer outro filme de Ferrara e apenas algumas vezes entrevista na imensa totalidade da produção cinematográfica mundial.
Bruno Andrade
O que disseram. Por aí já se vê, se não aonde Abel Ferrara quer chegar, ao menos de onde ele parte: a fé não é uma coisa dada, evidente. Sua experiência convive com a dúvida, a negação e o desespero. Essa pode até não ser a fé da maior parte dos homens, inclusive porque as igrejas costumam censurar a dúvida (que dirá a negação e o desespero). Mas é a de Abel Ferrara .
Inácio Araujo, na Folha de São Paulo
3 – Em Busca da Vida (Jia Zhang-ke)
O que a Paisà disse. O filme adquire, assim, um aspecto de filme súmula, carta de intenções de um crepúsculo social, já insinuado em Prazeres Desconhecidos, nem sempre visível e nem sempre sensível. Enquanto a China anda a passos largos para ser a nova grande potência mundial, muitos de seus habitantes conhecem a face fria das corporações, a dura realidade do progresso, e o preço alto a se pagar por ele. Em uma cena emblemática, um figurão ordena que seu caríssimo projeto - uma ponte sobre o Yang-tsé, tenha suas luzes acendidas, formando um espetáculo visual impressionante, que interrompe a harmonia escura entre o céu noturno e o rio. A potência financeira parece surgir da necessidade exibicionista de alguns de seus agentes, é o que se pode concluir com essa cena.
Sergio Alpendre
O que disseram. O que está em jogo em Em Busca da Vida não é simplesmente a denúncia ou a observação das injustiças, mas a tentativa de compreensão de um momento histórico complexo demais para mensagens diretas e gerais. Tão complexo, inclusive, que o aparecimento repentino de um ovni que cruza o céu num dado momento do filme apenas se incorpora às modificações "de ficção científica" pelas quais passa a terra revolvida, a terra submersa e o comportamento das pessoas.
Ruy Gardnier, na Contracampo
4 – Os Anjos Exterminadores (Jean-Claude Brisseau)
O que a Paisà disse. Uma prova de que Brisseau possui discernimento sobre o que está discutindo – o filme é mais isso, uma discussão – reside no fato de que François não é visto como “um cineasta injustiçado e incompreendido” , ao contrario: o culpado pelas suas feridas irreversíveis não é senão ele próprio. Questão de lucidez de discurso.
Fernando Watanabe
O que disseram. Espiar as fantasias e prazeres dessas jovens nos deixa ao mesmo tempo mais próximos e distantes das suas experiências privadas de desejo. É este inatingivel, buscando os mesmos limites encontrados na captura da espiritualidade, que transforma todos aqueles traseiros e rostos excitados em algo maior.
Nicolas Rapold, no New York Sun
5 – Os Donos da Noite (James Gray)
O que a Paisà disse. Os Donos da Noite é, por fim, um filme de profunda crença e entrega ao drama, obra de quem acredita nos picos de intensidade que podem ser extraídos do drama, na força de expressão contida na face de um Mark Whalberg, na clareza moral e política encontrada na tragédia de um homem, em como uma comunidade se organiza, como suas regras, desejos e deveres podem ser representados na tela.
Filipe Furtado
O que disseram. O que lhe interessa, contudo, não é obedecer aos cânones da verossimilhança e, sim, conseguir reproduzir texturas e tonalidades de sentimentos dos estados de alma de seu protagonista. Para além dos fatos e da ação, o que Gray busca é captar as emoções que acompanham um movimento de ascensão e queda, a ruptura brusca que distingue os paraísos artificiais da droga dos infernos realistas do luto e da melancolia.
Cassio Starling Carlos, na Folha de São Paulo
6 – Império dos Sonhos (David Lynch)
O que a Paisà disse. Estamos diante de um Lynch realista – ou seja, que parte não da realidade, mas de um jogo particular com signos do real. Império dos Sonhos é um dos mais belos filmes já feitos. Manchas, borrões, surtos de clarão ou de escuridão, imagens precarias, mal definidas, não raro deformadas digitalmente – um tachismo videografico composto de forma esquizofrênica, contrastando imagens que são puro afeto com imagens que se fundam na ausência radical de afeto.
Luis Carlos Oliveira Jr
O que disseram. Lynch transfere sua própria percepção volátil para seus personagens, e seus dois melhores filmes são sobre estar preso e vunerável, apesar de ambos terem intervalos felizes de fuga, concebidos em formas musicais – uma canção sobre o paraíso em Eraserhead e a magnífica seqüência celebratória nos créditos finais de Império dos Sonhos , um video musical felliniano encenado a partir de " Sinnerman", de Nina Simone .
Jonathan Rosenbaum, no Chicago Reader
7 – Lady Chatterley (Pascale Ferran)
O que a Paisà disse. Constance se torna cada vez mais bela e poderosa, invocando até o lamento sensível do amado, que, como muitos homens, sente que no mundo não há lugar para ele. A força do filme é também a força da natureza. A força de uma paixão avassaladora que transforma tudo em vida.
Sergio Alpendre
O que disseram. Embaraço de amor: cada um tanto soberano quanto subjugado. É este paradoxo que Pascale Ferran alcança ao filmar as cenas de sexo da maneira mais simples, e ao se voltar menos para o ato em si do que a todos os murmúrios em torno dele, para o assombro daqueles que o alcançam.
Emmanuel Bordeau, na Cahiers du Cinema
8 – Cartas de Iwo Jima (Clint Eastwood)
O que a Paisà disse. O que Clint Eastwood questiona aqui tanto quanto em Crime Verdadeiro , Os Imperdoáveis e Sobre Meninos e Lobos , é a morte como evento (ou ato) gerador de significado. (Francis Vogner dos Reis)
O que disseram. Cartas de Iwo Jima é uma caminhada inexorável até a morte, populada por aqueles que não têm certeza que estão prontos, mesmo que sua filosofia de guerra lhes diga que estão.
Michael Koresky, na Reverse Shot
9 – Jogo de Cena (Eduardo Coutinho)
O que a Paisà disse. Não importa quem é “real” ou quem é “atriz”. Pouco importa, também, a confusão em si; mas sim, e muito mais, o que se cria a partir dela. É o fato do filme deixar bem claro que entre um depoimento dito real e uma atriz encenando algo não há um mais sincero, mais documental, mais revelador de nuances individuais. Os limites desaparecem. Ou não. Não estamos reféns de um dispositivo que nos manipule.
Francisco Guarnieri
O que disseram. As surpresas são freqüentes, a instabilidade é constante. A cada novo rosto ou nova cena, temos que reajustar nossa expectativa e nossa relação de "fé" no que ouvimos. O procedimento sublinha mais uma vez que a diferença entre documentário e ficção é mais uma questão de quem consome do que de quem produz. Documentário é aquilo em que decidimos "acreditar".
Carlos Alberto de Mattos, em O Globo
10– A Conquista da Honra (Clint Eastwood)
O que a Paisà disse. Não é o menor dos achados de Eastwood mostrar o hasteamento, em primeiro lugar, como reconstituição pública em um estádio. É um belo exemplo de narrativa intricada que trabalha em favor do filme: de cara, instaura-se a propaganda como terreno da política.
Juliano Tosi
O que disseram. Este “olhar além” é o que transforma o filme numa sucessão de imagens em tempo e espaços diferentes, cuja organização caótica se dá por associações sensíveis, promovidas pelo “olhar de mais perto” (olhar com os personagens), nos conduzindo a reflexões impactantes.
Tatiana Monassa, na Contracampo
11– O Hospedeiro (Bong Joon-ho)
O que a Paisà disse. O Hospedeiro é um objeto em extinção: um genuíno filme popular, feito para ser apreciado por todos os espectadores, do tipo que era comum há 50 anos, mas hoje é inexistente. Pode não ser o melhor filme do ano, mas, para quem ama e tem interesse no futuro do cinema narrativo, pode ser o mais importante.
Filipe Furtado
O que disseram. Há espaço em O Hospedeiro para grandiosidade, e logo nos primeiros minutos já somos apresentados a uma criatura explicitamente digital que invade a tela antes que tenha dado tempo de sequer criarmos expectativa. Um erro? Não. O olhar de Joon-ho para seu monstro é também o da desconstrução narrativa. Se há o medo do que não é visto, porque não evidenciar diretamente o objeto principal?
Gabriel Martins, no Filmes Polvo
12 - Cão Sem Dono (Beto Brant)
O que a Paisà disse. Cão Sem Dono não é só o melhor filme de Beto Brant, mas um dos grandes filmes a entrar no circuito brasileiro neste ano. Um filme que se disfarça de pequeno, mas que tem grandiosidade no retrato das emoções humanas, no calor que se percebe nesses personagens tão ricos, tão densos, tão difíceis de serem enquadrados numa classificação reducionista.
Sergio Alpendre
O que disseram. Cão sem Dono é uma fatia de vida, como se diz, dotada de força particular, justamente porque não apela para qualquer outro tipo de expediente fora das contingências normais da vida dos seres humanos. Estamos diante de um realismo crítico, depurado, próximo das coisas mesmas, das sensações, da dor, do afeto, da incerteza. Próximo dessa pungência extrema que se experimenta diante de um amor jovem, voraz e perdido.
Luiz Zanin Oricchio, em O Estado de São Paulo
13 – Zodiaco (David Fincher)
O que a Paisà disse. O que fascina neste Zodíaco , e o põe bem à parte da obra anterior do seu autor, é justamente ser um filme materialista sobre a dúvida. A autópsia de um caso em aberto que por mais minuciosa que se revele não tem como transformar seu amplo universo de informações numa certeza.
Filipe Furtado
O que disseram. Apesar de toda sua destruição, tristeza e fracasso, suas vidas arruinadas e esvaziadas, Zodíaco oferece algo raro: um retrato exato de um amplo esforço humano conjunto ao longo de uma grande passagem de tempo.
Kent Jones, na Film Comment
14 – Planeta Terror (Robert Rodriguez)
O que a Paisà disse. Uma aposta arriscada foi feita, e existe uma linha tênue entre o erro e o acerto, um pequeno deslize faria de Planeta Terror apenas uma sátira de suas referências, mas isso não acontece e faz deste filme mais que uma bela homenagem ao cinema de gênero, a certos autores e ao absurdo. Uma obra de cinema. Um grande filme que trabalha apenas os códigos do cinema, que será apreciado principalmente por aqueles que quiserem ver muito antes de entender.
Allan Peterson
O que disseram. Uma narrativa que se dá antes de tudo pela disposição horizontal dos acontecimentos, em que o tom e o ritmo se dão num caminho direto, certo (alguns dirão “óbvio”) e característico de um sólido cinema de aventura (como Raoul Walsh em seus filmes de pirata) ou da segura objetividade de uma canção punk de 1977. Planeta Terror pode ser uma versão cinematográfica do disco Bad Music for Bad People dos Cramps.
Francis Vogner dos Reis, na Cinética
15 – A Comédia do Poder (Claude Chabrol)
O que a Paisà disse. A Comédia do Poder é um filme mais sobre o poder entre indivíduos, nas relações do dia a dia – profissionais e domésticas – que o poder das instituições nas quais essas pessoas se relacionam (como nos documentários de Frederick Wiseman).
Bruno Amato Reame
O que disseram. Em Chabrol, nunca um leve movimento panorâmico da câmera é apenas um ajuste espacial de quadro com o movimento dos atores; nunca um enquadramento que mostre um personagem em primeiro plano com um outro ao fundo fora de foco é apenas uma questão plástica: significados são construídos cerebralmente por cada detalhe de sua carpintaria audiovisual.
Eduardo Valente, na Cinética
16 – Maria Antonieta (Sofia Coppola)
O que a Paisà disse. Estamos, portanto, diante de um olhar parcial: não apenas como filiação, mas também como olhar que vê parte do mundo, a História como versão.
Juliano Tosi
O que disseram. O interesse do filme desloca-se da rainha para Luís 16, que, afinal, é o senhor de seu destino. E Luís é um rei-desastre. Se Luís 14, outro jovem monarca que chegou ao poder cercado de desconfiança, submeteu a nobreza pelo espetáculo da corte, Luís 16 apenas repete, como um diretor de cinema acadêmico, os rituais de poder: segue a ritualística, mas é vazio.
Inácio Araujo, na Folha de São Paulo
17 – Possuídos (William Friedkin)
O que a Paisà disse. Friedkin evita quase sempre a sensação de estarmos assistindo um caso clínico tendo Agnes e Peter como cobaias. Ao invés disso, seu filme soa como uma alucinada história de amor, entre duas pessoas que em seus delírios acharam proteção de um mundo onde coisas terríveis não têm explicação.
Bruno Amato Reame
O que disseram. Essa relação íntima do filme com a paranóia de seu protagonista reforça o caráter quase epidêmico desta. A paranóia de Peter contamina não apenas Agnes, mas a própria imagem, que oscila entre a adesão (no abalo causado pelos helicópteros) e a negação (na recusa em materializar a imagem dos insetos).
Leonardo Mecchi, na Cinética
18 – Ligeiramente Grávidos (Judd Apatow)
O que a Paisà disse. A imersão de Apatow neste universo é tão integral, abraçando um modo de vida e forma de ver um mundo, que seria incoerente cobrar dele os eventuais machismos ou suas tendencias consumistas, pois Apatow abraça tudo, inclusivo isso, de peito aberto.
Guilherme Martins
O que disseram. É no retrato das individualidades que a comédia tira suas vantagens. A mais evidente encontra-se nas oposições entre papéis femininos e masculinos e nas expectativas sempre frustradas de uns em relação aos outros.
Cassio Starling Carlos, na Folha de São Paulo
19 – Tropa de Elite (José Padilha)
O que a Paisà disse. O filme é brilhante na radiografia de uma situação caótica em que vivemos, e parece nos dar vários lados possíveis de abordagem dessa situação. Só que ele não expõe o caminho para possíveis soluções. Na verdade, dada a impossibilidade de se fazer isso no momento, ele apenas constata, e nos coloca bem no cerne dos mecanismos de sua constatação. O filme vai a campo, colhe depoimentos, flagra as seqüelas, como um documento preciso de uma época e de um lugar.
Sérgio Alpendre
O que disseram. O mínimo a dizer de Tropa de Elite é que o filme escancara a insanidade desse estado de coisas, não como parábola ou denúncia, não como legitimação ou apologia, mas simplesmente como quem observa um modus operandi intolerável que, ao mesmo tempo, é o café com leite diário das operações policiais do Rio de Janeiro.
Ruy Gardnier, na Contracampo
20 – Em Paris (Christophe Honoré)
O que a Paisà disse. O romantismo desesperado de Honoré explode com freqüência em ações exageradas, alguns tons acima, como se o excesso de sentimento já não coubesse no corpo dos personagens.
Filipe Furtado
O que disseram. Honoré claramente tem um conceito incomum de ritmo; ele permite tempo para as cenas importantes, mas arranja espaço para os mais estranhos interlúdios – o pai arrastando uma árvore de Natal pela calçada, ou Paul escutando um velho vinil de Kim Wilde.
Richard Porton, na Film Comment
BRASILEIRA SANDRA CORVELONI É A MELHOR ATRIZ EM CANNES
O prêmio foi considerado uma das surpresas do 61º festival, pois “Linha de Passe” (de Valter Sales e Daniela Thomas) não traz um protagonista evidente,
possui caráter essencialmente coletivo, e a competição contava com pelo menos quatro filmes conduzidos por fortes personagens femininos, todos defendidos com garra por suas atrizes (uma delas Angelina Jolie, em “Challenging”, de Clint Eastwood). O melhor filme foi “Entre les Murs, de Laurent Cantet (França).
(Folha de São Paulo, 26 de maio)
GRANDE PRÊMIO da ACADEMIA BRASILEIRA de CINEMA
(abril/2008)
.Longa estrangeiro: “A vida dos outros”
.Longa de ficção: “O ano em que meus pais saíram de férias”, de
Cao Hamburger
.Longa nacional (voto popular): “Tropa de elite”
.Longa documental: “Santiago”, de João Moreira Sales
.Longa de animação: “Wood & Stock – sexo, orégano e rock´n´roll
.Direção: José Padilha, por “Tropa de Elite”
.Atriz: Hermila Guedes, por “ O céu de Suely”
.Ator: Wagner Moura, por “Tropa de Elite
.Ator coadjuvante: Milhem Cordeiro, por “Tropa de Elite”
.Direção de fotografia: “Tropa de elite”
.Direção de arte: “O ano em que meus pais saíram de férias”
.Roteiro original: “O cheiro do ralo”
.Roteiro adaptado: “O ano em que meus pais saíram de férias”
.Montagem (ficção): “Tropa de Elite”
.Montagem (documentário): “Santiago” (O Globo, 17 de abril)
OS MELHORES DE 2007 - Revista SET, abril/2008
(Votação dos leitores, exceto quando indicado “Critica”)
-Filme nacional
1)Tropa de Elite – 73%
2)O Cheiro do Ralo – 12%
3)Saneamento Básico – 3,5%
Crítica: Tropa de Elite – 35%
-Filme estrangeiro
1)O Ultimato Bourne – 16%
2)300 – 12%
3)Harry Potter e a Ordem da Fênix / Ratatouille – 11%
Crítica: Cartas de Ivo Jima – 28,5%
-Diretor nacional
1)José Padilha (Tropa de Elite) – 72%
2)Heitor Dhalia (O Cheiro do Ralo) – 18%
3)Beto Brant (Cão Sem Dono) /
Philippe Barcinski (Não Por Acaso) – 2%
Crítica: João Moreira Salles (Santiago) – 28,5%
-Diretor estrangeiro
1)Paul Greengrass (O Ultimato Bourne) – 30%
2)Clint Eastwood (Cartas de Ivo Jima) – 28%
3)Zack Snyder (300) – 20%
Crítica: Paul Greengrass – 35%
-Ator nacional
1)Wagner Moura (Tropa de Elite) – 72%
2)Selton Mello (O Cheiro do Ralo) – 15%
3)André Ramiro (Tropa de Elite) – 5%
Crítica: Wagner Moura – 64%
-Ator estrangeiro
1)Forest Whitaker (O Último Rei da Escócia) – 23%
2)Leonardo DiCaprio (Diamante de Sangue) – 20%
3)Sacha Baron Cohen (Borat) – 19%
Crítica: Forest Whitacker – 46%
-Atriz estrangeira
1)Helen Mirrer (A Rainha) – 44%
2)Marion Cotillard (Piaf) – 14%
3)Maryl Streep (Leões e Cordeiros) /
Rose McGowan (Planeta Terror) – 13%
Crítica: Helen Mirrer – 57%
.Os melhores de 2011 (jornal O GLOBO)
.Os melhores de 2010 (jornal HOJE EM DIA)
.Os Melhores de 2009 (jornal Hoje em Dia, e outros)
.100 Clássicos do Cinema (Edit. Taschen)
.Os Campeões do primeiro ano do Blog
.Os 50 melhores filmes 2001-2009
.Premios Oscar-2009
.Indicações ao Oscar-2009
.Os melhores filmes de 2008, segundo a revista SET e o jornal O Estado de São Paulo
.Os cem melhores filmes da Cahiers du Cinéma
.Os melhores filmes dos últimos 50 anos (Folha de SP)
.Os melhores filmes de todos os tempos (quatro das mais respeitadas listas)
.Os vinte melhores de 2007
.Outras notícias
MELHORES DE 2011 (O Globo)
"O GAROTO DA BICICLETA": Aplaudida de pé como filme do ano, a parábola dos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne sobre altruísmo começou a carreira em Cannes, em maio. Saiu de lá com o Grande Prêmio do Júri e foi se consolidando, de país em país, por sua habilidade de gerar poesia a partir de uma narrativa nas raias da secura. Os Dardenne refinam a estrutura de conto moral que perseguem desde "A criança" (2005), usando a amizade entre uma cabeleireira (Cécile De France) e um menino em busca do pai (Thomas Doret) para celebrar a bondade.
"A ÁRVORE DA VIDA": Obra-prima para uns, delírio messiânico para outros, o último filme de Terrence Malick racha opiniões por onde passa, tendo a Palma de Ouro de Cannes como seu selo de qualidade. Uma voz em off que conversa com Deus pontua um debate sobre as manifestações do Divino, da origem do mundo aos EUA dos anos 1950, onde um menino enfrenta o pai (Brad Pitt, majestoso).
"INCÊNDIOS": Ao narrar o périplo de um casal de gêmeos à caça do paradeiro do pai, a versão do canadense Denis Villeneuve para a peça homônima de Wajdi Mouawad flana pelo Oriente Médio deixando conflitos bélicos em segundo plano. Em seu roteiro primoroso, Villeneuve não quer falar de guerras, só buscar verdades sobre indivíduos. Seu Líbano é um ponto de partida para um debate sobre perseverança.
"CÓPIA FIEL": Abbas Kiarostami, um dos pilares do cinema do Irã, sempre dribla as discussões filosóficas em torno desta produção de 7 milhões que rendeu o prêmio de melhor atriz em Cannes para Juliette Binoche. Para o diretor de "Gosto de cereja", o embate entre a galerista Elle (Juliette) e o escritor James Miller (William Shimell), sob o sol da Toscana, é só uma história de amor. Para a crítica, é mais do que isso: é uma lição estética sobre modos de olhar. E sentir.
"DIÁRIO DE UMA BUSCA": Único brasileiro na lista, o longa de Flávia Castro arrebatou prêmios no Brasil e no exterior com seu tráfego poético pelas franjas do público e do privado. Numa engenharia documental baseada em memórias de sua família, Flávia passa os anos de chumbo em revista enquanto investiga quem foi seu pai.
"A PELE QUE HABITO": Separados nas telas desde 1990, Pedro Almodóvar e Antonio Banderas se reuniram numa trama mais próxima das vísceras de Cronenberg do que do melodrama. Ao discutir a relação entre poder e desejo na seara da ciência, Almodóvar usou a cartilha do thriller para eletrizar nervos e transgredir morais.
"MEIA-NOITE EM PARIS": Maior sucesso de bilheteria da carreira de Woody Allen, esta aula ultrarromântica sobre evasão no tempo, pelas vias da arte, reeditou a proposta de "A rosa púrpura do Cairo". Ao "viajar" para a Paris de Picasso e Fitzgerald, Allen fez de Owen Wilson seu alter ego mais criativo.
"O VENCEDOR": Devastador, Christian Bale faturou o Oscar no papel de um ex-boxeador nocauteado pelas drogas que participa, para o bem e para o mal, da ascensão de seu irmão (Mark Wahlberg) nos ringues. Um diálogo com estéticas documentais amplifica a voltagem do drama e das lutas.
"AS PRAIAS DE AGNES": Única representante feminina da Nouvelle Vague francesa dos anos 1960 e diretora de filmes influentes como "Cléo das 5 às 7", a belga Agnès Varda criou um misto de doçura e intimismo nesta autobiografia. Falando de si, ela faz uma ode ao cinema de autor.
"INQUIETOS": Gus Van Sant alcançou uma comunhão rara entre os dois hemisférios de sua obra — o experimentalismo formal de "Elefante" e a narração clássica de "Gênio indomável" — para filosofar sobre a finitude. Frente à morte, Mia Wasikowska e Henry Hopper compõem um casal inesquecível.
OS MELHORES DE 2010
Júri composto de quinze críticos convidados pelo jornal HOJE EM DIA elegeu como os melhore filmes do ano:
1º - O ESCRITOR FANTASMA (Roman Polanski, Inglaterra)
2º - A FITA BRANCA (Michael Haneke, Alemanha)
3º - MARY & MAX – Uma Amizade Diferente (Adam Elliot, Austrália)
4º - A ORIGEM (Christopher Nolan, EUA)
5º - TROPA DE ELITE 2 (José Padilha, Brasil)
6º - O PROFETA (Jacques Audiard, França)
7º - O SEGREDO DOS SEUS OLHOS (Juan José Campanella, Argentina)
8º - A REDE SOCIAL (David Fincher, EUA)
9º - VINCERE (Marco Bellochio, Itália)
10º - VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO (Karin Ainousz e Marcelo Gomes, Brasil)
OS MELHORES DE 2009 (jornal Hoje Em Dia)
Escolhidos por seis críticos reunidos pelo jornal
1.Entre os Muros da Escola (Maurice Cantet, França)
2. Amantes (James Gray, EUA)
3.Valsa com Bashir (Ari Folman, Israel)
4.A Patida (Yôgirô Takita, Japão)
5.Gran Torino (Clint Eastwood, EUA)
6. O Lutador (Daren Aronofsky, EUA)
Sinédoque, New York (Charlie Kaufman, EUA)
7.Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, EUA)
8.Ervas Daninhas (Alain Resnais, França)
9.Milk – a Voz da Igualdade (Gus Van Sant, EUA)
10.Anticristo (Lars Von Trier, Alem-Din-Fr-It-Pol/)
OS MELHORES de 2009 (primeiras opiniões)
-Carlos Quintão / Marcelo Miranda (O Tempo)
.Amantes (James Gray)
.Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino)
.Deixa Ela Entrar (Thomas Alfredson)
.Entre os Muros da Escola
.A Troca (Clint Eastwood, EUA)
-Carlos Quintão (O Tempo)
.Appaloosa (Ed Harris, EUA_
.O Curioso Caso de Benjamin Button
.Desejo e Perigo (Ang Lee)
.Gran Torino
.Up
-Marcelo Miranda (O Tempo)
.Aquele Querido Mês de Agosto (Miguel Gomes, Portugal)
.É Proibido Fumar (Anna Muylaert, Brasil)
.Ervas Daninhas (Alain Resnais, França)
.Valsa com Bashir (Ari Folman, Israel)
-Daniel Piza (Estado de SP)
.Bastardos Inglórios (melhor filme)
.Infantis: Up, A Princesa e o Sapo
.”Oscarizados”: Benjamin Button, O Leitor, O Casamento de Raquel
100 CLÁSSICOS DO CINEMA (Ed. Taschen; Jurgen Muller, org.)
I. 1960-2000 (54 filmes)
.O Tigre e o Dragão (Ang Lee, 2000)
.Magnolia (Paul Thomas Anderson, 1999)
.Beleza Americana (Sam Mendes, 1999)
.Tudo sobre minha mãe (Pedro Almodóvar, 1999)
.Festa de Família (Thomas Vinterberg, 1998)
.A outra face (John Woo, 1997)
.Los Angeles – Cidade Proibida (Curtis Hanson, 1997)
.Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994)
.Chungking Express (Wong Kar-Wai, 1994)
.Forrest Gump (Robert Zemeckis, 1994)
.O Silêncio dos Inocentes (Jonathan Demme, 1991)
.Gêmeos, mórbida semelhança (David Cronenberg, 1988)
.Veludo Azul (David Lynch, 1985)
.The Fourth Man (Paul Verhoeven, 1983)
.Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
.Scarface (Brian de Palma, 1982/83)
.Fanny e Alexandre (Ingmar Bergman, 1982)
.Fitzcarraldo (Werner Herzog, 1981)
.Touro Indomável (Martin Scorcese, 1980)
.Apocalypse Now (Francis Ford Coppola, 1979)
.Mad Max (George Miller, 1979)
.O Tambor (Volker Schondorf, 1979)
.O Franco-Atirador (Michael Cimino, 1978)
.Annie Hall (Woody Allen, 1977)
.A Guerra das Estrelas (George Lucas, 1977)
.Taxi Driver (Martin Scorcese, 1975)
.Um Estranho no Ninho (Milos Forman, 1975)
.Tubarão (Steven Spilberg, 1975)
.Chinatown (Roman Polanski,1974)
.Uma Mulher Sob Influência (John Cassavetes, 1974)
.O Discreto Charme da Burguesia (Luis Buñuel, 1972)
.O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, 1972)
.Cabaret (Bob Fosse, 1972)
.Amargo Pesadelo (John Boorman, 1972)
.Laranja Mecânica (Stanley Kubrck, 1971)
.Morte em Veneza (Lucchino Visconti, 1970)
.Meu Ódio Será Sua Herança (Sam Peckinpah, 1969)
.Perdidos na Noite (John Sclhesinger, 1969)
.Sem Destino (Dennis Hopper, 1969)
.Era Uma Vez no Oeste (Sergio Leone, 1968)
.2001, Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)
.A Primeira Noite de um Homem (Mike Nichols, 1967)
.Bonnie e Clyede – Uma Rajada de Balas (Arthur Penn, 1967)
.Andrei Rublev (Andrei Tarkowsky, 1966)
.Pierrot le Fou (Jean-Luc Godard, 1965)
.Doutor Jivago (David Lean, 1965)
.007 Contra Goldfinger (Guy Hamilton, 1964)
.Dr. Fantástico (Stanley Kubrick, 1963)
.O Sol É Para Todos (Robert Mulligan, 1962)
.Lawrence da Arábia (David Lean, 1962)
.Bonequinha de Luxo (Blake Edwards, 1961)
.Psicose (Alfred Hitchcock, 1960)
.A Aventura (Michelangelo Antonioni, 1960)
.A Doce Vida (Federico Fellini, 1959/60)
II.1915-1959 (46 filmes)
.Ben-Hur (William Wyler, 1959)
.Quanto Mais Quente, Melhor (Billy Wilder, 1959)
.Os Incompreendidos (François Truffaut, 1958/59)
.Um Corpo Que Cai (Alfred Hitchcock, 1958)
.Morangos Silvestres (Ingmar Bergman, 1957)
.Ascensor Para o Cadafalso (Louis Malle, 1957)
.Rastros de Ódio (John Ford, 1956)
.Assim Caminha a Humanidade (George Stevens, 1956)
.Mensageiro do Diabo (Charles Laughton, 1955)
.Juventude Transvidada (Nicholas Ray, 1955)
.A Estrada da Vida (Federico Fellini,1964)
.Os Sete Samurais ((Akira Kurosawa, 1954)
.O Salário do Medo (Henri-Georges Clouzot, 1953)
.Fanfan la Tulipe (Christian-Jaque, 1952)
.Matar ou Morrer (Fred Zinnemann, 1952)
.Uma Aventura na África (John Huston, 1951)
.Uma Rua Chamada Pecado (Elia Kazan, 1951)
.Crepúsculo dos Deuses (Billy Wilder, 1950)
.Los Olvidados (Luís Buñuel, 1950)
.Rashomon (Akira Kurosawa, 1950)
.A Malvada (Joseph L. Mankiewicz, 1950)
.O Terceiro Homem (Carol Reed, 1949)
.Ladrão de Bicicletas (Vittorio de Sica, 1948)
.O Tesouro de Sierra Madre (John Huston, 1947)
.Interlúdio (Alfred Hitchcock, 1946)
.A Bela e a Fera (Jean Cocteau, 1946)
.The Big Sleep (Howard Hawks, 1946)
.Casablanca (Michael Curtis, 1942)
.Ser ou Não Ser (Ernst Lubtsch, 1942)
.Cidadão Kane (Orso Welles, 1941)
.Fantasia (Samuel Armstrong e outros, 1940)
.E o Vento Levou (Victor Fleming, 1939)
.A Grande Ilusão (Jean Renoir, 1937)
.Tempos Modernos (Charles Chaplin, 1936)
.King Kong (Merian C. Cooper, 1933)
.Duck Soup (Leo McCarey, 1933)
.M, o Vampiro de Dusseldorf (Fritz Lang, 1931)
.Sous lês Toits de Paris (René Clair, 1929/30)
.O Anjo Azul (Josef Von Sternberg, 1930)
.Metrópolis (Friz Lang, 1926)
.A General (Buster Keaton, 1926/27)
.O Encouraçado Potemkin (Serguei Eisenstein, 1925)
.Em Busca do Ouro (Charles Chaplin, 1925)
.Os Dez Mandamentos (Cecil B. Demille, 1923)
.Nosferatu (F. W. Murnau, 1922)
.O Nascimento de uma Nação (D. W. Griffith, 1915)
OS CAMPEÕES DO PRIMEIRO ANO DO BLOG
.****(4,5).BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS (The dark knight, ação, EUA/2008, direção Christopher Nolan, com Christian Bale, Heath Lodger):
5-E, 5-F, 5-G, 5-J, 5-M, 5-S; 4,5-I; 4,5-Y; 4,4-Mc’; 4,25-R; 4,1-Mc; 4-Vs; 3-Et. “Segundo filme (e o mais impactante) do diretor sobre o homem-morcego, em que este tem que enfrentar uma onda de criminalidade deflagrada pelo Coringa” (Estado de SP). “Não é só um filme de lutas, tiros e perseguições, mas um thriller tenso e sombrio, no qual se sobressai a figura do vilão... criminoso insano e assustador, que deixa no chinelo a interpretação de Jack Nicholson em 1989” (Veja). “A alegoria política mais perturbadora dos anos 80” (O Globo).
“O filme é sobre a organização social, sobre a necessidade ou não de heróis, sobre os riscos que mesmo o heroísmo impõe à democracia. Tudo a ver com os EUA de Bush, mas também com o Brasil. Grande filme”. (Estado SP). Out/08.
.****(4,3).LEMMON TREE (drama, Israel-Alemanha-França/2007, direção Eran Riklis): 5-E; 5-F; 5-G; 5-J; 4-E; 4-Mc; 4-V; 3,6-I; 3-F. Baseado em fatos reais, o drama retrata uma viúva palestina que recorre à Suprema Corte de Israel para impedir que seus limoeiros sejam derrubados pelas forças de segurança do ministro da Defesa do país, seu vizinho, que acreditam que os limoeiros oferecem risco ao ministro (F).
“Afeito a um insólito drama bem-humorado, como demonstrou em A Noiva Síria (2004), o diretor de Jerusalém aborda aqui o tenso (e por vezes absurdo) relacionamento entre árabes e judeus. Há ótimos atores, um enredo atual de idéias concisas e um desfecho comovente e muito inspirador. A formidável Hiam Abbass (de Free Zone) interpreta Salma, viúva quarentona que tira seu sustento da plantação de limões herdada do pai, bem na divisa da Cisjordânia com Israel. Mas a vidinha pacata dela está prestes a entrar em erupção quando o ministro da Defesa de Israel se muda para uma casa quase ao lado da sua. O exército, então, acredita que as árvores da vizinha atrapalham a segurança do político – e obriga Salma a derrubar os limoeiros. Mesmo sem economias, ela contrata um advogado (Ali Suliman) para fazer valer seus direitos” (Veja.SP).
“Com narrativa simples, Riklis aposta na relação silenciosa entre duas mulheres cuja proximidade de caráter representa a esperança de paz”. (O Globo). Out/08.
..****(4,3).ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ (No country for old men, thriller, EUA/07, direção Ethan e Joe Cohen/07, com Tommy Lee Jones): 5-F, 5-G, 5-S; 4,5-Mc, 4,5-S; 4,4-p; 4,3-R; 4,1-I; 4-E; 4-F; 4-M; 4-Y; 3,7-S; 3-F. Depois de descobrir mala cheia de dinheiro, homem é perseguido por matador implacável (M). Oscar de filme, direção, ator coadjuvante (Javier Barden) e roteiro adaptado.
.****(4,3).SANTIAGO (João Moreira Sales/06): 5-G.11/07; 4-E, 4-F.
“... um dos principais filmes feitos no Brasil nos últimos anos: é infinitamente aberto a releituras. Mas que coisa ele quer documentar? As extravagâncias do ex-mordomo da família Moreira Salles? A arrogância do diretor quando jovem e, depois, seu mea-culpa feito na meia-idade? O declínio de uma época, de uma família, de um personagem? A busca do tempo perdido? A persistência e a inutilidade da memória? A vacuidade da vida? As margens tênues entre o falso e o verdadeiro no documentário? Ele é tudo isso ao mesmo tempo e pode-se acrescentar mais coisas... aquilo que o inconsciente depositou nas cenas na forma do não-dito e do não-filmado... a narrativa de um aprendizado existencial... o que lhe permite ajuntar, além da trajetória de um mordomo, as histórias de uma infância, de uma família, de um desejo de cinema.” (A. Leite Neto, Folha de SP).
.****(4,3).A VIDA DOS OUTROS (Das leben der anderer, drama, Alemanha, 2006, direção Florian Hankel): 5-F, 5-G, 5-J; 4,1-R; 4-F, 4-E, 4-T; 3,7-P. Dramaturgo é considerado modelo de cidadão até ser investigado pelo governo. “Excelente painel da condição e das contradições humanas” (O Globo).
.****(4,2).PARANOID PARK (drama, dir. Gus Van Sant, França-EUA/2007): 5-F; 5-G; 4,2-S; 4,1-Mc; 4-F; 4.M; 3,5-Y. Skatista adolescente é um dos suspeitos de um assassinato que ocorreu nas cercanias de um parque para praticantes do esporte (F). “Recria os sentimentos do jovem por meio da imagem... não julga os adolescentes, que são vistos com carinho e certa estranheza que, no fundo, representa o momento que separa a infância do resto da vida” (Set).
.****(4,2).SANGUE NEGRO (There will be blood, drama, EUA/07, com Daniel Day-Lewis): 5-M, 5-G; 4,6-Mc; 4,7-S; 4,1-I; 4-E, 4-M; 4-T; 4-Y; 3-F.fev/08. No nascimento da indústria petrolífera, homem luta para se manter em ascensão. “Desmorona nossas convições a partir de um prisma: a ganância” (O Globo).
.****(4,2).SENHORES DO CRIME (Eastern Promises, ação, direção David Cronemberg, EUA-França-Inglaterra/2007): 5-F.69; 4,5-S, 4,1-Mc; 4-F, 4-E; 3,9-I; 3,7-S. Durante um parto, enfermeira presencia morte, e decide procurar a família da criança (F), envolvendo-se com a máfia russa.
..****(4,1).ENTRE OS MUROS DA ESCOLA (Entre les Murs, drama, França/2007, direção Laurent Cantet, com François Bégaudeau): 5-G; 4,6-Gs; 4-E; 4-F; 4-I; 4-J; 4-L; 4-T; 4-Vr; 3-Fa. Professor tenta manter o controle em escola na periferia parisiense (M).
“Além da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2008, o drama do diretor de A Agenda (2001) foi um dos cinco candidatos neste ano ao Oscar de melhor filme estrangeiro -- perdeu para o japonês Departures. Uma linha tênue separa a ficção do documentário e eis aí a principal originalidade do filme. Cantet fez uma livre adaptação do livro do professor François Bégaudeau e usou como atores os próprios alunos de uma escola secundária da periferia de Paris. Tudo é tão natural e perfeito que fica difícil saber onde termina a realidade e começa a encenação. Também corroteirista, Bégaudeau interpreta o mestre em língua francesa François Marin. Ele leciona para adolescentes da 7ª série e tem vários alunos insolentes. Entre eles, a dissimulada Esmeralda, o esquentado Souleymane e a respondona Khoumba. Não se trata de uma história única. São situações conflitantes e por vezes incômodas que sugerem um oportuno e implacável microcosmo de uma Paris tomada de contrastes, intransigência e pluralidade racial” (Veja.SP).
“Um filme elétrico, de rigor ímpar” (O Globo).
“... é cinema de primeira... a janela que abre para o universo educacional deveria... provocar a reflexão de todos os que entregam seus filhos aos cuidados do sistema de ensino básico... muitas vezes sem ter idéia do que se passa ali dentro e da profunda crise de valores da escola como instituição. Por fim, é a sociedade contemporânea e sua dificuldade em lidar com alguns conceitos-chave, como democracia, igualdade de direitos e cidadania, que transborda pelas quatro paredes da sala de aula. O filme celebra também
um salto qualitativo no formato híbrido de realização que o cineasta vinha experimentando... baseado em um romance, mas em que todos os procedimentos de realização, incluindo o trabalho como os atores e o dispositivo de captação de imagens, são característicos do documentário. O grande cinema chega sempre perto de mostrar as coisas como elas são, mas talvez não consigamos enxergar. Não é da escola que se fala, como em tantos discursos bem-intencionados, mas enviesados. Aqui, é a própria escola que se deixa revelar” (S. Rizzo, Folha de SP).
..****(4,1).LINHA DE PASSE (drama, Brasil/2008, direção Walter Salles e Daniela Thomas, com Vinicius de Oliveira e Sandra Carveloni): 5-E.t; 5-G;
5-J; 4,2-Gs; 4-F; 4-E; 4-M; 4-S; 3-F.a; 3-T. Empregada doméstica que vive na periferia de São Paulo luta para educar os quatro filhos; todos de pais diferentes e ausentes: Reginaldo, o mais novo, obcecado em descobrir a identidade do pai; Dario, que sonha com uma carreira no futebol; Denis, motoboy que trabalha para pagar a moto e contribuir nas despesas do filho que teve com a namorada; e Dinho, evangélico fervoroso que trabalha como frentista. Vencedor do prêmio de melhor atriz (Sandra Corveloni) no Festival de Cannes 2008 (F).
A busca por uma identidade brasileira num ótimo roteiro e excelentes interpretações (G).
Se há acertos nas ótimas atuações e em alguns conflitos pessoais, a dupla cerca o roteiro com uma demagógica resposta para justificar atos criminosos. A platéia podia passar sem essa (V.Rio).
Filme se opõe ao “cinema de pobre” – com aspecto documental, retrata universos dos “sem esperança” e reforça humanismo do diretor (F).
Se trata de opções, responsabilidades e culpas, lembra-nos, o tempo todo, que talvez sejam relativas, que devem, necessariamente, ser atribuídas também a um contexto sobre o qual não temos o menor controle (M).
Apesar de sofrer de certa inocência social (ricos são idiotas, motoboys assaltam pois são levados a isso, futebol é corrupto e o mundo nos torna pior), as histórias conquistam pelo carisma dos personagens (S).
Retrato do desejo que pulsa na periferia: expõe a luta de uma mulher e seus filhos para não serem engolidos por uma cidade cada vez mais desumana. Espécie de releitura brasileira de “Rocco e seus irmãos”? Pelo menos do ponto de vista temático, parece. As histórias dos filhos vão e vem, se esbatem e se concentram na própria história da mãe, em interpretação inesquecível de Sandra Corveloni, que lhe valeu o prêmio de melhor atriz em Cannes. Ela é exemplo de força; porém, tem que usar parte dessa força para si mesma, e não apenas em benefício dos filhos. Essa talvez seja a melhor dinâmica encontrada pelo filme, o ir e vir, sem costuras aparentes, entre a psicologia dos personagens e o espaço social que eles encontram, ou não, para desenvolver seus desejos. Vale-se de proposta realista para escavar nessa grande incógnita da periferia, pelo menos do ponto de vista dos mais privilegiados –há uma pulsão jovem e forte em ação, e ela não se limita à zona sul. Ela vai além do determinismo econômico e pode ajudar a entender não só a opção pela criminalidade como por outros caminhos socialmente aceito. Não é nem pessimista, nem cai no outro oposto, a facilidade da redenção (Estado de São Paulo).
A narrativa simultânea das cinco histórias é o grande vigor do filme. O roteiro bem calibrado nos apresenta os personagens sem esquematismo e cria conflitos e reviravoltas que prendem a atenção. Mais que isso: a partir da metade ficamos mais apreensivos, ansiosos pelo que acontecerá. A tentação do crime é filmada sem apelo... e as seqüências de futebol estão entre as melhores do cinema brasileiro. No entanto, embora apolítico, o diretor não consegue deixar de fora a redução ideológica: toda vez que aparece alguém de classe média ou alta, é para simbolizar o que há de ruim na sociedade brasileira (D. Piza, O Estado de S. P.).
Um belíssimo filme sobre a vida como uma graça a ser vivida com fraternidade... literalmente sublime (Cacá Diegues, Folha SP).
Em que pesem as boas cenas de futebol e de rua, a engenhosa costura da narrativa e o ótimo Kaíque, não é a apenas grandeza cinematográfica que falta ao filme. Como ensaio sociológico, também não vai muito longe (M. A. Gonçalves, Folha SP).
Emociona profundamente sem jamais flertar com o melodrama. Nos envolve pela verdade que há em cada personagem e não pela astúcia de uma boa trama inventada por um roteiro hábil. Kurosawa deu uma dimensão épica aos japoneses. Creio que “Linha...” tem também a força de dar uma cara ao Brasil urbano (Fernando Meirelles, O Estado SP)
A cultura brasileira, uma vez mais, é revista pelo talento dos dois diretores – e o resultado é apaixonante dos pontos de vista artístico e humano. A matéria-prima é o cotidiano dos que carregam este país nas costas... decidir entre o bem e o mal, em regime de urgência, em assuntos que implicam a sobrevivência, é uma das formas mais duras de por à prova nossa consciência moral. Donde o inquietante tom agônico do filme. Os personagens vivem num exaustivo processo de luta consigo e com os outros, num movimento de tensão psicológico-moral no limite do insuportável... mesmo jogados ao fundo do poço moral, não sucumbem. Ao contrário, reagem e desmentem as clássicas imagens de impotência dos mais frágeis. Filme com a marca registrada dos diretores: inimitável e imperdível (psicanalista J. Freire Costa, Folha SP). Nov/08.
..****(4,1).LUZ SILENCIOSA (Silent Light, México-França-Holanda/2007, direçao Carlos Reygadas): 5-G, 5-J; 4-Y; 3,6-I; 3-L. Homem casado que vive em comunidade religiosa fundamentalista se apaixona por outra mulher (M). “Oásis de inteligência e sensibilidade” (O Globo). Ago/08.
OS 50 MELHORES FILMES 2001-2009
A revista Monet convidou 250 cineastas, atores e outras pessoas ligadas ao cinema, que escolheram os cinqüenta filmes mais relevantes, a partir de 2001, e que “... refletem o espírito do nosso tempo”. São os seguintes:
1.Cidade de Deus (Fernando Meireles, Brasil/2002)
2.Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
(Michel Gondry, EUA/2004)
3.A Vida dos Outros (Florian H. Donnersmarck, Alemanha/2006)
4.Dogville (Lars Von Trier, Din-Sue-Nor-Finl-Ing-Fr/2003)
5.Fale Com Ela (Pedro Almodovar, Espanha/2002)
6.Ponto Final – Matchpoint (Woody Allen, Reino Unido/2005)
7.Cidade dos Sonhos (David Lynch, EUA/2001)
8.O Senhor dos Anéis (Peter Jackson, EUA-N.Zel-Al/2001-03)
9.Elefante (Gus Van Sant, EUA/2003)
10.O Pianista (Roman Polanski, Fr-Al-R.Unido/2002)
11.Onde os Fracos Não Tem Vez (Ethan e Joel Coen, EUA/2007)
12.As Invasões Bárbaras (Denys Arcand, Can-Fr/2003)
13.O Segredo de Brokeback Mountain (Ang Lee, EUA/2005)
14.Pequena Miss Sunshine (Jonathan Daytone e Valerie Farls,
EUA/2006)
15.Crash – No Limite (Paul Haggis, EUA/2004)
16.Menina de Ouro (Clint Eastwood, EUA/2004)
17.O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, França-Alemanha/2001)
18.Os Infiltrados (Martin Scorcese, EUA-Hong Kong/2006)
19.Quem Quer Ser Um Milionário? (Danny Boyle, Reino Unido/2008)
20.Em Busca da Vida (Jia Zhang-ke, China-Hong Kong/2006)
21.Kill Bil 1 e 2 (Quentin Tarantino, EUA/2003-04)
22.O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel, França-EUA/2007)
23.21 Gramas (Alejandro González Iñárritu, EUA/2003)
24.Closer – Perto Demais (Mike Nichols, EUA/2004)
25.Encontros e Desencontros (Sofia Coppola, EUA-Japão/2003)
26.Império dos Sonhos (David Lynch, EUA-Polônia-França/2006)
27.O Curioso Caso de Benjamin Button (David Fincher, EUA/2008)
28.O Labirinto do Fauno (Guillermo del Toro, Espanha-México-EUA/2006)
29.O Pântano (Lucrecia Martel, Argentina-França-Espanha/2006)
30.Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, EUA/2007)
31.Serras da Desordem (Andréa Tonacci, Brasil/2006)
32.A Queda – As Últimas Horas de Hitler (Oliver Hirshbiegel, Al-It-Áus/2004)
33.Adaptação (Spike Jonze, EUA/2002)
34.Arca Russa (Aleksandr Sokurov, Rússia-Al/2002
35.Batman – O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, EUA/2008)
36.Moulin Rouge - O Amor em Vermelho (Baz Luhrmann, Austrália-EUA/2001)
37.Os Incríveis (Brad Bird, EUA/2004)
38.Piaf – Um Hino ao Amor (Olivier Dahan, Fr-R.Unido-Rep.Checa/2007)
39.Procurando Nemo (Andrew Stanton e Lee Unkich, EUA/2003)
40.Santiago (João Moreira Salles, Brasil/2007)
41.Shreck (Andrew Adamson, EUA/2001)
42.Sobre Meninos e Lobos (Clint Eastwood, EUA/2003)
43.Volver (Pedro Almodóvar, Espanha/2006)
44.Adeus, Lênin (Wolfgang Becker, Alemanha/2003)
45.Uma Mente Brilhante (Ron Howard, EUA/2001)
46.A Viagem de Chihiro (Hauao Miyazaki, Japão/2001)
47.Miami Vice (Michael Mann, EUA/2006)
48.Babel (Alejandro González Iñárritu, Fr-EUA-México/2006)
49.4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (Cristian Mungiu, Romênia/2007)
50.Sonata de Tóquio (Kiyoshi Kurosawa, Jap-Hol-H.Kong/2008)
OSCAR – Principais Premiações.2009
(Estado de Minas, 24/fev)
.Filme
Quem Quer Ser Um Milionário (Danny Boyle)
.Diretor
Danny Boyle (Quem Quer Ser Um Milionário)
.Ator
Sean Penn (Milk – A Voz da Igualdade)
.Atriz
Kate Winslet (O Leitor)
.Atriz Coadjuvante
Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)
.Ator Coadjuvante
Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas)
.Filme em língua não-inglesa
Okuribito, de Yogiro Takita (Japão)
.Roteiro Origignal
Dustin Lance Black (Milk)
.Roteiro Adaptado
Simon Beaufoy (Quem Quer Ser…)
.Fotografia
Anthony Dod Mantle (Quem Quer Ser...)
.Montagem
Chris Dickers (Quem Quer Ser...)
.Direção de Arte
Donald Grahan Burt e Victor J. Zalfo
(O Curioso Caso de Benjamin Button)
.Figurino
Michael O’Connor (A Duquesa)
.Maquiagem
Greg Cannon (O Curioso Caso...)
.Música Original
A. R. Rahman (Quem Quer Ser...)
.Canção
Jai Ho, de A. R. Rahman e Sampooran Singh Gulzar
(Quem Quer Ser...)
INDICAÇÕES AO OSCAR-2009 (Estado de Minas, 23/jan)
O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON é o recordista, com 13 indicações. Dos filmes recentemente em cartaz:
.O CURIOSO CASO...: filme, diretor (David Fincher), ator (Brad Pitt), atriz coadjuvante (Taraji P. Henson).
.A TROCA: atriz (Angelina Jolie)
.BATMAN – O Cavaleiro das Trevas – ator coadjuvante (Heath Ledger)
.TROVÃO TROPICAL: ator coadjuvante (Robert Downey Jr.)
.VICKY CRISTINA BARCELONA: atriz coadjuvante (Penélope Cruz)
Revista SET (jan/09) - OS MELHORES DE 2008
(para votação dos leitores)
FILME ESTRANGEIRO
.007 – Quantum of Solace
.Batman – o Cavaleiro das Trevas
.Desejo e Reparação
.Homem de Ferro
.O Incrível Hulk
.Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
.Juno
.O Menino do Pijama Listrado
.Na Natureza Selvagem
.Onde os Fracos Não Tem Vez
.Rebobine por Favor
.Sangue Negro
.Sex and the City
.Trovão Tropical
.Wall-E
NACIONAL
.Ainda Orangotangos
.A Casa da Mãe Joana
.Chega de Saudade
.Os Desafinados
.Deserto Feliz
.Encarnação do Demônio
.Estômago
.Feliz Natal
.Linha de Passe
.Meu Nome Não é Johnny
.Orquestra dos Meninos
.Romance
.O Signo da Cidade
.Terra Vermelha
.Última Parada 174
OS MELHORES FILMES DE 2008 (O Estado de São Paulo)
I- Segundo o crítico Luis Carlos Merten
.Batman, o Cavaleiro das Trevas (melhor filme do ano)
.Não Estou Lá (Todd Haynes)
.Rebobine, por Favor (Michel Gondry)
.Luz Silenciosa (Carlos Reygadas)
.Serras da Desorden (Andréa Tonacci)
.Linha de Passe (Walter Salles e Daniella Thomas)
.Falsa Loura (Carlos Reichenbach)
.Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais (Carlos Prates)
.Desejo e Reparação (Joe Wright)
.Senhores do Crime (David Cronenberg)
.Um Conto de Natal (Arnaud Desplechin)
CENAS que vão permanecer no imaginário dos cinéfilos
.Batman (a cena do andaime)
.Desejo e Reparação (o vestido verde de Keira Knightley)
.Não Estou Lá (as cenas de Cate Blanchett)
.Falsa Loira (a expressão de Rosane Mulholland, no final)
.Meu Nome não é Johnny (Selton Mello, impecável)
.Romance (Wagner Moura)
.A Guerra dos Rocha (quando Ary Fontoura recebe o verdadeiro dono do cadáver que está sendo velado)
II. Segundo o crítico Luiz Zanin Oricchio
-EUROPA
.O Silêncio de Lorna (irmãos Dardenne)
.Quatro Meses, Três Semanas, Dois Dias (Cristian Mungiu, Romênia)
.A Questão Humana (Nicolas Klota)
.Armênia (Robert Guédiguian, França)
.Lady Jane (idem acima)
.A Fronteira da Alvorada (Philippe Garrel, França)
.O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel)
.O Segredo do Grão (Abdel Kechiche)
.As Aventuras de Molière (Laurent Tirard)
.Em Paris (Christophe Honoré, França)
.A Bela Junie (idem acima)
.Uma Garota Dividida em Dois (Claude Chabrol, França)
.Meu Irmão É Filho Único (Danielle Luchetti, Itália)
.Caos Calmo (Antonello Grimaldi, Itália)
.Gomorra (Matteo Garrone, Itália)
.Zona do Crime (Rodrigo Plá, México)
.Luz Silenciosa (Carlos Reygadas, México)
.Fôlego (Kin-Ki-Duk, Coréia)
-ESTADOS UNIDOS
.Onde Os Fracos Não Tem Vez
.Queime Depois de Ler
.Antes Que o Diabo Saiba Que Você Está Morto
.Sweeney Todd (Tim Burton)
.Paranoid Park (Gus van Sant)
.Sangue Negro (Paul Thomas Anderson)
.Senhores do Crime (David Cronemberg)
.Na Natureza Selvagem (Sean Penn)
.O Sonho de Cassandra (Woody Allen)
.Vicky Cristina Barcelona
-BRASIL
.Serras da Desordem
.Terra Vermelha
.Linha de Passe
.Meu Nome Não É Johnny
.Feliz Natal
.Corpo (Rosana Foglia e Rubens Rewald)
.Ainda Orangotangos (Gustavo Spolidoro)
.Meu Nome é Dindi (Bruno Safady)
.Deserto Feliz (Paulo Caldas)
.Andarilho (Cao Guimarães)
.Chega de Saudade (Laís Bodansky)
.Estômago (Marcos Jorge)
.Falsa Loura
.Onda Andará Dulce Veiga (Guilherme de Almeida Prado)
.Encarnação do Demônio
OS CEM MELHORES DE TODOS OS TEMPOS (CAHIERS DU CINÉMA)
“A Cahiers du Cinéma, publicação francesa considerada uma das mais importantes críticas do cinema mundial, publicou um livro em que elege os cem filmes obrigatórios em qualquer cinemateca.
Foram consultadas cerca de 76 pessoas envolvidas com a sétima arte, entre eles cineastas, historiadores e críticos franceses. Destacando clássicos, a obra coloca na lista apenas três filmes das duas últimas décadas: Van Gogh (1991), de Maurice Pialat; Fale com Ela (2002), de Pedro Almodóvar; e Cidade dos Sonhos (2001), de David Lynch.
O sempre citado Cidadão Kane, de Orson Welles, ficou em primeiro lugar. O longa venceu o Oscar de Melhor Roteiro Original em 1942 e se tornou um marco na história do cinema, influenciando a narrativa, a fotografia e a edição de muitos outros filmes. Outro filme de Welles, A Marca da Maldade, também está na publicação.
Três filmes de Alfred Hitchcock fazem parte da lista: Um Corpo que Cai (1958), Intriga Internacional (1959) e Interlúdio (1946), eleito um dos melhores filmes pelo jornal The New York Times em 1946.
Em Busca do Ouro (1925), Luzes na Cidade (1931), Tempos Modernos (1936), O Grande Ditador (1940) e Monsieur Verdoux (1947) são os cinco filmes de Charlie Chaplin que figuram no livro.
Ainda fazem parte da lista O Poderoso Chefão (1972), Apocalypse Now (ambos de Francis Ford Coppola) e Manhattan (1979), de Woody Allen” (Redação Cineclick).
Fontes: Classificação, título do filme na França, diretor e número de votos:
Cahiers.
Título em português e ano de realização: Yahoo.
1. Citizen Kane – Cidadão Kane (Orson Welles, 1947) 48 votos
2. La Nuit du chasseur - O Mensageiro do Diabo (Charles Laughton, 1955) 47
3. La Règle du jeu – A Regra do Jogo (Jean Renoir, 1939) 47
4. L’Aurore - Aurora(Friedrich Wilhelm Murnau Murnau, 1927) 46
5. L’Atalante – O Atalante (Jean Vigo, 1934) 43
6. M. le Maudit - M, o Vampiro de Dusseldorf (Fritz Lang, 1931) 40
7. Chantons sous la pluie – Cantando na Chuva (Stanley Donen et Gene Kelly, 1952) 39
8. Vertigo – Um Corpo Que Cai (Alfred Hitchcock, 1958) 35
9. Les Enfants du Paradis – Boulevard do Crime (Marcel Carné, 1945) 34
10.La Prisonnière du désert – Rastros de Ódio (John Ford, 1956) 34
11.Les Rapaces – Ouro e Maldição (Eric von Stroheim, 1924) 34
12.Rio Bravo - Rio Bravo, Onde Começa o Inferno (Howard Hawks, 1959) 33
13.To Be or Not to Be – Ser ou Não Ser (Ernst Lubitsch, 1942) 33
14.Voyage à Tokyo – Era Uma Vez em Tóquio(Yasujiro Ozu, 1953) 29
15.Le Mépris – O Desprezo (Jean-Luc Godard, 1963) 28
16. (27 votos) – 5 filmes
Les Contes de la lune vague – Contos da Lua Vaga (Kenji Mizoguchi, 1953)
Les Lumières de la ville – Luzes da Cidade(Charles Chaplin, 1931)
Le Mécano de la Général – A General (Buster Keaton, 1927)
Nosferatu le vampire – Nosferatu (Friedrich Wilhelm Murnau, 1922)
Le Salon de musique – A Sala de Música (Satiajit Ray, 1958)
17. (26 votos) – 3 filmes
Freaks – Monstros (Tod Browning, 1932)
Johnny Guitar (Nicholas Ray, 1954)
La Maman et la Putain – A Mãe e a Puta (Jean Eustache, 1973)
18. (25 votos) – 6 filmes
Le Dictateur – O Grande Ditador (Charles Chaplin, 1940)
Le Guépard – O Leopardo (Luchino Visconti, 1963)
Hiroshima mon amour – Hiroshima, Meu Amor (Alain Resnais, 1959)
Loulou – A Caixa de Pandora (G.W. Pabst, 1929)
La Mort aux trousses – Intriga Internacional (Alfred Hitchcock, 1959)
Pickpocket – O Batedor de Carteiras (Robert Bresson, 1959)
19 (24 votos) – 6 filmes
Casque d’or – Amores de Apache (Jacques Becker, !952)
La Comtesse aux pieds nus – A Condessa Descalça (Joseph Mankiewicz, 1954)
Les Contrebandiers de Moonfleet – O Tesouro do Barba Ruiva (Fritz Lang, 1955)
Madame de... – Desejos Proibidos (Max Ophuls, 1953)
Le Plaisir – O Prazer (Max Ophuls, 1952)
Voyage au bout de l’enfer – O Franco Atirador (Michael Cimino, 1958)
20 (23 votos) – 7 filmes
L’Avventura – A Aventura (Michelangelo Antonioni, 1960)
Le Cuirassé Potemkine – O Encoraçado Potemkin (S. M. Eisenstein, 1925)
Les Enchaînés – Interlúdio (Alfred Hitchcock, 1956)
Ivan le Terrible – Ivan, O Terrível (S. M. Eisenstein, 1944)
Le Parrain – O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, 1972)
La Soif du mal – A Marca da Maldade (Orson Welles, 1958)
Le Vent – Vento e Areia (Victor Sjöström, 1928)
21 (22 votos) – 2 filmes
2001 odyssée de l’espace – 2001, Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)
Fanny et Alexandre – Fanny e Alexandre (Ingmar Bergman, 1982)
22 (21 votos) – 5 filmes
La Foule – A Turba (King Vidor, 1928)
Huit et demi – 8 e ½ (Federico Fellini, 1963)
La Jetée – Sel Sol (Chris Marker, 1962)
Pierrot le Fou – O Demônio das Onze Horas (Jean-Luc Godard, 1965)
Le Roman d’un tricheur – O Romance de Um Trapaceiro (Sacha Guitry, 1936)
23 (20 votos) – 8 filmes
Amarcord – Amarcord (Federico Fellini, 1973)
La Belle et la Bête – A Bela e a Fera (Jean Cocteau, 1946)
Certains l’aiment chaud – Quanto Mais Quente Melhor (Billy Wilder, 1959)
Comme un torrent – Deus Sabe Quanto Amei (Vicente Minnelli, 1958)
Gertrud - Gertrud (Carl Th. Dreyer, 1964)
King Kong - King Kong (Ernst Shoedsack et Merian J. Cooper, 1933)
Laura – Laura (Otto Preminger, 1944)
Les Septs Samouraïs – Os Sete Samurais (Akira Kurosawa, 1954)
24 (19 votos) – 7 filmes
Les 400 coups – Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959)
La Dolce Vita – A Doce Vida (Federico Fellini, 1960)
Gens de Dublin – Os Vivos e os Mortos (John Huston, 1987)
Haute pègre – Ladrão de Alvova (Ernst Lubitsch, 1932)
La vie est belle – A Felicidade não se Compra (Frank Capra, 1946)
Monsieur Verdoux – Monsieur Verdoux (Charles Chaplin, 1947)
La Passion de Jeanne d’Arc – O Martírio de Jona d’Arc (Carl Th. Dreyer, 1928)
25. (18 votos) – 11 filmes
À bout de souffle – Acossado (Jean-Luc Godard, 1960)
Apocalypse Now – Apocalypse Now (Francis Ford Coppola, 1979)
Barry Lindon – Barry Lindon (Stanley Kubrick, 1975)
La Grande Illusion – A Grande Ilusão (Jean Renoir, 1937)
Intolérance - Intlerância (David Wark Griffith, 1916)
Partie de campagne – Partie de Campagne (Jean Renoir, 1936)
Playtime – Playtime (Jacques Tati, 1967)
Rome ville ouverte – Roma Cidade Aberta (Roberto Rosselini, 1946)
Senso – Sedução da Carne (Luchino Visconti, 1954)
Les Temps modernes (Charles Chaplin)
Van Gogh (Maurice Pialat)
26 (17 votos) – 9 filmes
Elle et Lui – Tarde Demais para Esquecer (Leo McCarey, 1957)
Andrei Roublev – O Artista Maldito (Andrei Tarkovski, 1969)
L’Impératrice rouge – A Imperatriz Galante (Joseph von Sternberg, 1934)
L’Intendant Sansho – O Intendente Sansho (Kenji Mizoguchi, 1954)
Parle avec elle – Fale com Ela (Pedro Almodóvar, 2002)
The Party – Um Convidado bem Trapalhão (Blake Edwards, 1968)
Tabu – Tabu (F. W. Murnau, 1931)
Tous en scène, The Bandwagon – A Roda da Fortuna (Vincente Minnelli, 1953)
Une étoile est née – Nasce uma Estrela(George Cukor, 1954)
Les Vacances de Monsieur Hulot – As Férias do Sr. Hulot (Jacques Tati, 1953)
27 (16 votos) – 15 filmes
America América – A Terra do Sonho Distante (Elia Kazan, 1963)
El – O Alucinado (Luis Buñuel, 1953)
En quatrième vitesse – A Morte num Beijo (Robert Aldrich, 1955)
Il était une fois en Amérique – Era uma vez na América (Sergio Leone, 1984)
Le Jour se lève – Trágico Amanhecer (Marcel Carné, 1939)
Lettre d’une inconnue – Carta de uma Desconhecida (Max Ophuls, 1948)
Lola – Lola, a Flor Proibida (Jacques Demy, 1961)
Manhattan – Manhattan (Woody Allen, 1979)
Mulholland Drive – Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)
Ma nuit chez Maud – Minha Noite com Ela (Eric Rohmer, 1969)
Nuit et Brouillard – Noite e Neblina (Alain Resnais, 1955)
La Ruée vers l’or – Em Busca do Ouro (Charles Chaplin, 1925)
Scarface – A Vergonha de uma Nação (Howard Hawks, 1932)
Le Voleur de bicyclette – Ladrões de Bicicleta (Vittorio de Sica, 1948)
Napoléon – Napoleão (Abel Gance, 1955)
OS 50 MELHORES FILMES DOS ÚLTIMOS 50 ANOS (FOLHA DE SP)
Comemorando 50 anos da primeira edição do caderno Folha Ilustrada, o jornal Folha de São Paulo convidou cinco de seus críticos a apresentarem uma relação com os dez melhores filmes de cada período de dez anos, de 1958 a 2008. Foram os seguintes os filmes escolhidos (entre parênteses, o nome do crítico):
1958-69 (Inácio Araújo)
.A Marca da Maldade (Orson Wlles, 1958)
.Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959)
.Pickpocket (Robert Bresson, 1959)
.Se Meu Apartamento Falasse (Billy Wilder, 1960)
.Paixões que Alucinam (Samuel Fuller, 1963)
.Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha, 1964)
.O Demônio das Onze Horas (Jean-Luc Godard, 1965)
.Blow-Up, Depois Daquele Beijo (Michelangelo Antonioni, 1966)
.A Tomada do Poder por Luís 14 (Roberto Rossellini, 1968)
.O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla, 1968)
1970-79 (Sérgio Rizzo)
.Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita (Elio Petri, 1070)
.Laranja Mecânica (Stanleu Kubridk, 1971)
.O Discreto Charme da Burguesia (Luís Buñuel, 1972)
.Gritos e Sussurros (Ingmar Bergman, 1972)
.O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, 1972)
.O Último Tango em Paris (Bernardo Bertolucci, 1972)
.Amarcord (Federico Fellini, 1973)
.A Noite Americana (François Truffaut, 1073)
.O Império dos Sentidos (Nagisa Oshima, 1976)
.Taxi Driver (Martin Scorcese, 1976)
1980-89 (José Geraldo Couto)
.Touro Indomável (Martin Scorcese, 1980)
.Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
.Fanny & Alexander (Ingmar Bergman, 1983)
.Memórias do Cárcere (Nelson Pereira dos Santos, 1983)
.E la Nave Va (Federico Fellini, 1983)
.Paris, Texas (Win Wenders, 1984)
.Eu Vos Saúdo, Maria (Jean-Luc Godard, 1985)
.Veludo Azul (David Lynch, 1986)
.Não Matarás (Krysztof Kieslowski, 1988)
1990-99 (Pedro Butches)
.Os Bons Companheiros (Martin Scorcese, 1990)
.Os Imperdoáveis (Clint Eastwood, 1992)
.O Jogador (Robert Altman, 1992)
.A Liberdade é Azul (Krysztof Kieslowski, 1993)
.Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994)
.O Rio (Tsai Ming Liang, 1997)
.O Gosto de Cereja (Abbas Kiarostami, 1997)
.Titanic (James Cameron,1998)
.Central do Brasil (Walter Salles, 1998)
.Tudo Sobre Minha Mãe (Pedro Almodóvar, 1999)
2000-08 (Cássio Starling Carlos)
.Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)
.O Pântano (Lucrecia Martel, 2001)
.O Senhor dos Anéis (Peter Jackson, 2001)
.Edifício Máster (Eduardo Coutinho, 2002)
.Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Kátia Lund, 2002)
.Elefante (Gus Van Sant, 2003)
.A Vila (M. Night Shyamaian, 2004)
.O Segredo de Brokeback Mountain (Ang Lee, 2005)
.Volver (Pedro Almodóvar, 2006)
.Em Busca da Vida (Jia Zhang-ke, 2006)
OS MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS
1. REVISTA BRAVO (100 Filmes Essenciais, 2007)
Os dez melhores:
1. Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA/1941, direção Orson Welles)
2. O Poderoso Chefão (The Godfather, EUA/1972,
direção Francis Ford Coppola)
3. Sindicato de Ladrões (On the Waterfront, EUA/1954, direção Elia Kazan)
4. Um Corpo que Cai (Vertigo, EUA/1958, direção Alfred Hitchcock)
5. Casablanca (Casablanca, EUA/1942, direção Michael Curtiz)
6. 8½ (8½, Itália/1963, direção Federico Fellini)
7. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, EUA-Inglaterra/1965,
direção David Lean)
8. A Regra do Jogo (La Règle du Jeu, França/1939, direção Jean Renoir)
9. O Encouraçado Potemkin (Rússia/1925, direção Sergei Eisenstein)
10.Rastros de Ódio (The Searchers, EUA/1956, direção John Ford)
2. SIGHT & SOUND (BRITISH FILM INSTITUTE), 2002
Escolha promovida a cada dez anos, desde 1952 (próxima escolha: 2012)
Os dez melhores (escolha de dezenas de críticos de cinema):
1. Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA/1941, direção Orson Welles) – 46 votos
2. O Corpo que Cai (Vertigo, EUA/1958, direção Alfred Hitchcock) – 41 votos
3. A Regra do Jogo (La Règle du Jeu, França/1939, direção Jean Renoir)
– 30 votos
4. O Poderoso Chefão, I e II O Poderoso Chefão (The Godfather,
EUA/1972, 1974, direção Francis Ford Coppola) – 23 votos
5. Era uma vez em Tokyo (Tokyo Monogatari, Japão/1953,
direção Yasujiru Osu) – 22 votos
6. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, EUA/1968,
direção Stanley Kubrick) – 21 votos
7. Encouraçado Potemkin (Rússia/1925, direção Sergei Eisenstein)
- 19 votos
Aurora (Sunrise (Murnau, EUA/1927) – 19 votos
8. 8½ (8½, Itália/1963, direção Federico Fellini) – 18 votos
9. Cantando na Chuva (Singin' In the Rain, EUA/1952, direção Kelly, Donen)
- 17 votos
10.Os Sete Samurais (Japão/1954, direção Akira Kurosawa) – 15 votos
Rastros de Ódio (The Searchers, EUA/1956, direção John Ford)
- 15 votos
3. SIGHT & SOUND (BRITISH FILM INSTITUTE, 2002
Escolha promovida a cada dez anos, desde 1952 (próxima escolha: 2012)
Os dez melhores (escolha de dezenas de diretores)
1. Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA/1941, direção Orson Welles) - 42 votos
2. O Poderoso Chefão (The Godfather, EUA/1972,
direção Francis Ford Coppola) – 28 votos
3. 8½ (8½, Itália/1963, direção Federico Fellini)- 19 votos
4. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, EUA-Inglaterra/1965,
direção David Lean) – 16 votos
5. Dr. Fantástico (Dr. Strangelove, EUA-Inglaterra/1964,
direção Stanley Kubrick) - 14 votos
6. Ladrões de bicicleta (Ladri di Biciclette, Itália/1947,
Direção Vittorio De Sica) - 13 votos
Touro Indomável (Raging Bull, EUA/1980, direção Martin Scorcese)
– 13 votos
O Corpo que Cai (Vertigo, EUA/1958, direção Alfred Hitchcock)
- 13 votos
7. A Regra do Jogo (La Règle du Jeu, França/1939, direção Jean Renoir)
- 12 votos
Rashomon (Rashomon, Japão/1950, direção Akira Kurosawa)
- 12 votos
Os Sete Samurais (Japão/1954, direção Akira Kurosawa)
- 12 votos
8. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, EUA/1968,
direção Stanley Kubrick) – 11 votos
Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, EUA/1950,
direção Billy Wilder) – 11 votos
9. Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment, EUA/1960,
Direção Billy Wilder - 10 votos
La Dolce Vita (La Dolce Vita, Itália/1960, direção Federico Fellini)
- 10 votos
10.O Espelho (Zerkalo, Rússia/1974, direção Andrei Tarkovsky) - 9 votos
Psicose (Psycho, EUA/1960, direção Alfred Hitchcock) – 9 votos
Era uma vez em Tokyo (Tokyo Monogatari, Japão/1953,
direção Yasujiru Osu) – 9 votos
4. AMERICAN FILM INSTITUTE
Os dez melhores:
1. Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA/1941, direção Orson Welles)
2. O Poderoso Chefão (The Godfather, EUA/1972,
direção Francis Ford Coppola)
3. Casablanca (Casablanca, EUA/1942, direção Michael Curtiz)
4. Touro Indomável (Raging Bull, EUA/1980, direção Martin Scorcese)
5. Cantando na Chuva (Singin' In the Rain, EUA/1952, direção Kelly, Donen)
6. E o Vento Levou (Gone With the Wind, EUA/1939,
direção VictorFleming)
7. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, EUA-Inglaterra/1965,
direção David Lean)
8. A Lista de Schindler (Schindler´s list, EUA/1993, direção Steven Spielberg)
9. O Corpo que Cai (Vertigo, EUA/1958, direção Alfred Hitchcock)
10.Mágico de Oz (The Wizard of Oz, EUA1939, direção Victor Fleming)
OS VINTE MELHORES DE 2007 - PAISÁ (Revista de Cinema)
1 – Medos Privados em Lugares Públicos (Alain Resnais)
O que a Paisà disse. Não que os filmes de Resnais a partir da década de 80 tenham passado por qualquer transformação radical. Ele sempre foi o maior expoente do que podemos chamar de realismo impressionista. Desde os tempos de Hiroshima, mon Amour o que estava em jogo era como o cineasta poderia transcrever em termos concretos o estado de espírito de seus personagens. As peças teatrais algo arcaicas que vem atraindo suas atenções desde então são apenas um bom filtro para esta arte, permitindo ao cineasta trabalhar sua forma tão particular de realismo do artifício, em que toda a falsidade em cena existe em função do mais exato dos sentimentos. A arte de Resnais é o perfeito oposto do naturalismo crível que normalmente passa por realismo por aí. Seu cinema é o da crença de que para ir ao fundo do problema todos os recursos em mãos são válidos; que um cenário teatral pode expressar algo muito mais verdadeiro na tela do que a mais realista das locações.
Filipe Furtado
O que disseram. A sujeira, a ingratidão da imagem como um comentário do e sobre o mundo, então? Talvez seja isso, no fundo, o que me agrada em Medos Privados em Lugares Públicos. A imagem não se contenta em ser, ela comenta sua própria figuração, sua própria estranheza. E é sem dúvida por isso que o filme pareceu cínico, sem carne para alguns. O que a meu ver ele não é. O que é figurado é já o fim de alguma coisa (desde o começo do filme), como se Resnais encenasse o fim de seu próprio cinema, o fim de seu mundo. O fim, no sentido de que o belo teria desertado: o fim do belo como uma porta aberta para a morte.
Jean-Sebastian Chauvin, em seu blog (tradução de Luiz Carlos Oliveira Jr. para a Contracampo)
2 – Maria (Abel Ferrara)
O que a Paisà disse. Pois se, como acreditamos, Mary inscreve no seu interior um processo de interposição das convicções messiânicas comuns à obra de Glauber às enchentes insurgentes de afetos e demonstrações de amor caras ao cinema de Cassavetes, tal processo é provocado menos por uma vontade de integração e subseqüente conciliação que por uma incontrolável aceitação plena e irrestrita da massa informe do real, jamais vista com tal poder e abundância em qualquer outro filme de Ferrara e apenas algumas vezes entrevista na imensa totalidade da produção cinematográfica mundial.
Bruno Andrade
O que disseram. Por aí já se vê, se não aonde Abel Ferrara quer chegar, ao menos de onde ele parte: a fé não é uma coisa dada, evidente. Sua experiência convive com a dúvida, a negação e o desespero. Essa pode até não ser a fé da maior parte dos homens, inclusive porque as igrejas costumam censurar a dúvida (que dirá a negação e o desespero). Mas é a de Abel Ferrara .
Inácio Araujo, na Folha de São Paulo
3 – Em Busca da Vida (Jia Zhang-ke)
O que a Paisà disse. O filme adquire, assim, um aspecto de filme súmula, carta de intenções de um crepúsculo social, já insinuado em Prazeres Desconhecidos, nem sempre visível e nem sempre sensível. Enquanto a China anda a passos largos para ser a nova grande potência mundial, muitos de seus habitantes conhecem a face fria das corporações, a dura realidade do progresso, e o preço alto a se pagar por ele. Em uma cena emblemática, um figurão ordena que seu caríssimo projeto - uma ponte sobre o Yang-tsé, tenha suas luzes acendidas, formando um espetáculo visual impressionante, que interrompe a harmonia escura entre o céu noturno e o rio. A potência financeira parece surgir da necessidade exibicionista de alguns de seus agentes, é o que se pode concluir com essa cena.
Sergio Alpendre
O que disseram. O que está em jogo em Em Busca da Vida não é simplesmente a denúncia ou a observação das injustiças, mas a tentativa de compreensão de um momento histórico complexo demais para mensagens diretas e gerais. Tão complexo, inclusive, que o aparecimento repentino de um ovni que cruza o céu num dado momento do filme apenas se incorpora às modificações "de ficção científica" pelas quais passa a terra revolvida, a terra submersa e o comportamento das pessoas.
Ruy Gardnier, na Contracampo
4 – Os Anjos Exterminadores (Jean-Claude Brisseau)
O que a Paisà disse. Uma prova de que Brisseau possui discernimento sobre o que está discutindo – o filme é mais isso, uma discussão – reside no fato de que François não é visto como “um cineasta injustiçado e incompreendido” , ao contrario: o culpado pelas suas feridas irreversíveis não é senão ele próprio. Questão de lucidez de discurso.
Fernando Watanabe
O que disseram. Espiar as fantasias e prazeres dessas jovens nos deixa ao mesmo tempo mais próximos e distantes das suas experiências privadas de desejo. É este inatingivel, buscando os mesmos limites encontrados na captura da espiritualidade, que transforma todos aqueles traseiros e rostos excitados em algo maior.
Nicolas Rapold, no New York Sun
5 – Os Donos da Noite (James Gray)
O que a Paisà disse. Os Donos da Noite é, por fim, um filme de profunda crença e entrega ao drama, obra de quem acredita nos picos de intensidade que podem ser extraídos do drama, na força de expressão contida na face de um Mark Whalberg, na clareza moral e política encontrada na tragédia de um homem, em como uma comunidade se organiza, como suas regras, desejos e deveres podem ser representados na tela.
Filipe Furtado
O que disseram. O que lhe interessa, contudo, não é obedecer aos cânones da verossimilhança e, sim, conseguir reproduzir texturas e tonalidades de sentimentos dos estados de alma de seu protagonista. Para além dos fatos e da ação, o que Gray busca é captar as emoções que acompanham um movimento de ascensão e queda, a ruptura brusca que distingue os paraísos artificiais da droga dos infernos realistas do luto e da melancolia.
Cassio Starling Carlos, na Folha de São Paulo
6 – Império dos Sonhos (David Lynch)
O que a Paisà disse. Estamos diante de um Lynch realista – ou seja, que parte não da realidade, mas de um jogo particular com signos do real. Império dos Sonhos é um dos mais belos filmes já feitos. Manchas, borrões, surtos de clarão ou de escuridão, imagens precarias, mal definidas, não raro deformadas digitalmente – um tachismo videografico composto de forma esquizofrênica, contrastando imagens que são puro afeto com imagens que se fundam na ausência radical de afeto.
Luis Carlos Oliveira Jr
O que disseram. Lynch transfere sua própria percepção volátil para seus personagens, e seus dois melhores filmes são sobre estar preso e vunerável, apesar de ambos terem intervalos felizes de fuga, concebidos em formas musicais – uma canção sobre o paraíso em Eraserhead e a magnífica seqüência celebratória nos créditos finais de Império dos Sonhos , um video musical felliniano encenado a partir de " Sinnerman", de Nina Simone .
Jonathan Rosenbaum, no Chicago Reader
7 – Lady Chatterley (Pascale Ferran)
O que a Paisà disse. Constance se torna cada vez mais bela e poderosa, invocando até o lamento sensível do amado, que, como muitos homens, sente que no mundo não há lugar para ele. A força do filme é também a força da natureza. A força de uma paixão avassaladora que transforma tudo em vida.
Sergio Alpendre
O que disseram. Embaraço de amor: cada um tanto soberano quanto subjugado. É este paradoxo que Pascale Ferran alcança ao filmar as cenas de sexo da maneira mais simples, e ao se voltar menos para o ato em si do que a todos os murmúrios em torno dele, para o assombro daqueles que o alcançam.
Emmanuel Bordeau, na Cahiers du Cinema
8 – Cartas de Iwo Jima (Clint Eastwood)
O que a Paisà disse. O que Clint Eastwood questiona aqui tanto quanto em Crime Verdadeiro , Os Imperdoáveis e Sobre Meninos e Lobos , é a morte como evento (ou ato) gerador de significado. (Francis Vogner dos Reis)
O que disseram. Cartas de Iwo Jima é uma caminhada inexorável até a morte, populada por aqueles que não têm certeza que estão prontos, mesmo que sua filosofia de guerra lhes diga que estão.
Michael Koresky, na Reverse Shot
9 – Jogo de Cena (Eduardo Coutinho)
O que a Paisà disse. Não importa quem é “real” ou quem é “atriz”. Pouco importa, também, a confusão em si; mas sim, e muito mais, o que se cria a partir dela. É o fato do filme deixar bem claro que entre um depoimento dito real e uma atriz encenando algo não há um mais sincero, mais documental, mais revelador de nuances individuais. Os limites desaparecem. Ou não. Não estamos reféns de um dispositivo que nos manipule.
Francisco Guarnieri
O que disseram. As surpresas são freqüentes, a instabilidade é constante. A cada novo rosto ou nova cena, temos que reajustar nossa expectativa e nossa relação de "fé" no que ouvimos. O procedimento sublinha mais uma vez que a diferença entre documentário e ficção é mais uma questão de quem consome do que de quem produz. Documentário é aquilo em que decidimos "acreditar".
Carlos Alberto de Mattos, em O Globo
10– A Conquista da Honra (Clint Eastwood)
O que a Paisà disse. Não é o menor dos achados de Eastwood mostrar o hasteamento, em primeiro lugar, como reconstituição pública em um estádio. É um belo exemplo de narrativa intricada que trabalha em favor do filme: de cara, instaura-se a propaganda como terreno da política.
Juliano Tosi
O que disseram. Este “olhar além” é o que transforma o filme numa sucessão de imagens em tempo e espaços diferentes, cuja organização caótica se dá por associações sensíveis, promovidas pelo “olhar de mais perto” (olhar com os personagens), nos conduzindo a reflexões impactantes.
Tatiana Monassa, na Contracampo
11– O Hospedeiro (Bong Joon-ho)
O que a Paisà disse. O Hospedeiro é um objeto em extinção: um genuíno filme popular, feito para ser apreciado por todos os espectadores, do tipo que era comum há 50 anos, mas hoje é inexistente. Pode não ser o melhor filme do ano, mas, para quem ama e tem interesse no futuro do cinema narrativo, pode ser o mais importante.
Filipe Furtado
O que disseram. Há espaço em O Hospedeiro para grandiosidade, e logo nos primeiros minutos já somos apresentados a uma criatura explicitamente digital que invade a tela antes que tenha dado tempo de sequer criarmos expectativa. Um erro? Não. O olhar de Joon-ho para seu monstro é também o da desconstrução narrativa. Se há o medo do que não é visto, porque não evidenciar diretamente o objeto principal?
Gabriel Martins, no Filmes Polvo
12 - Cão Sem Dono (Beto Brant)
O que a Paisà disse. Cão Sem Dono não é só o melhor filme de Beto Brant, mas um dos grandes filmes a entrar no circuito brasileiro neste ano. Um filme que se disfarça de pequeno, mas que tem grandiosidade no retrato das emoções humanas, no calor que se percebe nesses personagens tão ricos, tão densos, tão difíceis de serem enquadrados numa classificação reducionista.
Sergio Alpendre
O que disseram. Cão sem Dono é uma fatia de vida, como se diz, dotada de força particular, justamente porque não apela para qualquer outro tipo de expediente fora das contingências normais da vida dos seres humanos. Estamos diante de um realismo crítico, depurado, próximo das coisas mesmas, das sensações, da dor, do afeto, da incerteza. Próximo dessa pungência extrema que se experimenta diante de um amor jovem, voraz e perdido.
Luiz Zanin Oricchio, em O Estado de São Paulo
13 – Zodiaco (David Fincher)
O que a Paisà disse. O que fascina neste Zodíaco , e o põe bem à parte da obra anterior do seu autor, é justamente ser um filme materialista sobre a dúvida. A autópsia de um caso em aberto que por mais minuciosa que se revele não tem como transformar seu amplo universo de informações numa certeza.
Filipe Furtado
O que disseram. Apesar de toda sua destruição, tristeza e fracasso, suas vidas arruinadas e esvaziadas, Zodíaco oferece algo raro: um retrato exato de um amplo esforço humano conjunto ao longo de uma grande passagem de tempo.
Kent Jones, na Film Comment
14 – Planeta Terror (Robert Rodriguez)
O que a Paisà disse. Uma aposta arriscada foi feita, e existe uma linha tênue entre o erro e o acerto, um pequeno deslize faria de Planeta Terror apenas uma sátira de suas referências, mas isso não acontece e faz deste filme mais que uma bela homenagem ao cinema de gênero, a certos autores e ao absurdo. Uma obra de cinema. Um grande filme que trabalha apenas os códigos do cinema, que será apreciado principalmente por aqueles que quiserem ver muito antes de entender.
Allan Peterson
O que disseram. Uma narrativa que se dá antes de tudo pela disposição horizontal dos acontecimentos, em que o tom e o ritmo se dão num caminho direto, certo (alguns dirão “óbvio”) e característico de um sólido cinema de aventura (como Raoul Walsh em seus filmes de pirata) ou da segura objetividade de uma canção punk de 1977. Planeta Terror pode ser uma versão cinematográfica do disco Bad Music for Bad People dos Cramps.
Francis Vogner dos Reis, na Cinética
15 – A Comédia do Poder (Claude Chabrol)
O que a Paisà disse. A Comédia do Poder é um filme mais sobre o poder entre indivíduos, nas relações do dia a dia – profissionais e domésticas – que o poder das instituições nas quais essas pessoas se relacionam (como nos documentários de Frederick Wiseman).
Bruno Amato Reame
O que disseram. Em Chabrol, nunca um leve movimento panorâmico da câmera é apenas um ajuste espacial de quadro com o movimento dos atores; nunca um enquadramento que mostre um personagem em primeiro plano com um outro ao fundo fora de foco é apenas uma questão plástica: significados são construídos cerebralmente por cada detalhe de sua carpintaria audiovisual.
Eduardo Valente, na Cinética
16 – Maria Antonieta (Sofia Coppola)
O que a Paisà disse. Estamos, portanto, diante de um olhar parcial: não apenas como filiação, mas também como olhar que vê parte do mundo, a História como versão.
Juliano Tosi
O que disseram. O interesse do filme desloca-se da rainha para Luís 16, que, afinal, é o senhor de seu destino. E Luís é um rei-desastre. Se Luís 14, outro jovem monarca que chegou ao poder cercado de desconfiança, submeteu a nobreza pelo espetáculo da corte, Luís 16 apenas repete, como um diretor de cinema acadêmico, os rituais de poder: segue a ritualística, mas é vazio.
Inácio Araujo, na Folha de São Paulo
17 – Possuídos (William Friedkin)
O que a Paisà disse. Friedkin evita quase sempre a sensação de estarmos assistindo um caso clínico tendo Agnes e Peter como cobaias. Ao invés disso, seu filme soa como uma alucinada história de amor, entre duas pessoas que em seus delírios acharam proteção de um mundo onde coisas terríveis não têm explicação.
Bruno Amato Reame
O que disseram. Essa relação íntima do filme com a paranóia de seu protagonista reforça o caráter quase epidêmico desta. A paranóia de Peter contamina não apenas Agnes, mas a própria imagem, que oscila entre a adesão (no abalo causado pelos helicópteros) e a negação (na recusa em materializar a imagem dos insetos).
Leonardo Mecchi, na Cinética
18 – Ligeiramente Grávidos (Judd Apatow)
O que a Paisà disse. A imersão de Apatow neste universo é tão integral, abraçando um modo de vida e forma de ver um mundo, que seria incoerente cobrar dele os eventuais machismos ou suas tendencias consumistas, pois Apatow abraça tudo, inclusivo isso, de peito aberto.
Guilherme Martins
O que disseram. É no retrato das individualidades que a comédia tira suas vantagens. A mais evidente encontra-se nas oposições entre papéis femininos e masculinos e nas expectativas sempre frustradas de uns em relação aos outros.
Cassio Starling Carlos, na Folha de São Paulo
19 – Tropa de Elite (José Padilha)
O que a Paisà disse. O filme é brilhante na radiografia de uma situação caótica em que vivemos, e parece nos dar vários lados possíveis de abordagem dessa situação. Só que ele não expõe o caminho para possíveis soluções. Na verdade, dada a impossibilidade de se fazer isso no momento, ele apenas constata, e nos coloca bem no cerne dos mecanismos de sua constatação. O filme vai a campo, colhe depoimentos, flagra as seqüelas, como um documento preciso de uma época e de um lugar.
Sérgio Alpendre
O que disseram. O mínimo a dizer de Tropa de Elite é que o filme escancara a insanidade desse estado de coisas, não como parábola ou denúncia, não como legitimação ou apologia, mas simplesmente como quem observa um modus operandi intolerável que, ao mesmo tempo, é o café com leite diário das operações policiais do Rio de Janeiro.
Ruy Gardnier, na Contracampo
20 – Em Paris (Christophe Honoré)
O que a Paisà disse. O romantismo desesperado de Honoré explode com freqüência em ações exageradas, alguns tons acima, como se o excesso de sentimento já não coubesse no corpo dos personagens.
Filipe Furtado
O que disseram. Honoré claramente tem um conceito incomum de ritmo; ele permite tempo para as cenas importantes, mas arranja espaço para os mais estranhos interlúdios – o pai arrastando uma árvore de Natal pela calçada, ou Paul escutando um velho vinil de Kim Wilde.
Richard Porton, na Film Comment
BRASILEIRA SANDRA CORVELONI É A MELHOR ATRIZ EM CANNES
O prêmio foi considerado uma das surpresas do 61º festival, pois “Linha de Passe” (de Valter Sales e Daniela Thomas) não traz um protagonista evidente,
possui caráter essencialmente coletivo, e a competição contava com pelo menos quatro filmes conduzidos por fortes personagens femininos, todos defendidos com garra por suas atrizes (uma delas Angelina Jolie, em “Challenging”, de Clint Eastwood). O melhor filme foi “Entre les Murs, de Laurent Cantet (França).
(Folha de São Paulo, 26 de maio)
GRANDE PRÊMIO da ACADEMIA BRASILEIRA de CINEMA
(abril/2008)
.Longa estrangeiro: “A vida dos outros”
.Longa de ficção: “O ano em que meus pais saíram de férias”, de
Cao Hamburger
.Longa nacional (voto popular): “Tropa de elite”
.Longa documental: “Santiago”, de João Moreira Sales
.Longa de animação: “Wood & Stock – sexo, orégano e rock´n´roll
.Direção: José Padilha, por “Tropa de Elite”
.Atriz: Hermila Guedes, por “ O céu de Suely”
.Ator: Wagner Moura, por “Tropa de Elite
.Ator coadjuvante: Milhem Cordeiro, por “Tropa de Elite”
.Direção de fotografia: “Tropa de elite”
.Direção de arte: “O ano em que meus pais saíram de férias”
.Roteiro original: “O cheiro do ralo”
.Roteiro adaptado: “O ano em que meus pais saíram de férias”
.Montagem (ficção): “Tropa de Elite”
.Montagem (documentário): “Santiago” (O Globo, 17 de abril)
OS MELHORES DE 2007 - Revista SET, abril/2008
(Votação dos leitores, exceto quando indicado “Critica”)
-Filme nacional
1)Tropa de Elite – 73%
2)O Cheiro do Ralo – 12%
3)Saneamento Básico – 3,5%
Crítica: Tropa de Elite – 35%
-Filme estrangeiro
1)O Ultimato Bourne – 16%
2)300 – 12%
3)Harry Potter e a Ordem da Fênix / Ratatouille – 11%
Crítica: Cartas de Ivo Jima – 28,5%
-Diretor nacional
1)José Padilha (Tropa de Elite) – 72%
2)Heitor Dhalia (O Cheiro do Ralo) – 18%
3)Beto Brant (Cão Sem Dono) /
Philippe Barcinski (Não Por Acaso) – 2%
Crítica: João Moreira Salles (Santiago) – 28,5%
-Diretor estrangeiro
1)Paul Greengrass (O Ultimato Bourne) – 30%
2)Clint Eastwood (Cartas de Ivo Jima) – 28%
3)Zack Snyder (300) – 20%
Crítica: Paul Greengrass – 35%
-Ator nacional
1)Wagner Moura (Tropa de Elite) – 72%
2)Selton Mello (O Cheiro do Ralo) – 15%
3)André Ramiro (Tropa de Elite) – 5%
Crítica: Wagner Moura – 64%
-Ator estrangeiro
1)Forest Whitaker (O Último Rei da Escócia) – 23%
2)Leonardo DiCaprio (Diamante de Sangue) – 20%
3)Sacha Baron Cohen (Borat) – 19%
Crítica: Forest Whitacker – 46%
-Atriz estrangeira
1)Helen Mirrer (A Rainha) – 44%
2)Marion Cotillard (Piaf) – 14%
3)Maryl Streep (Leões e Cordeiros) /
Rose McGowan (Planeta Terror) – 13%
Crítica: Helen Mirrer – 57%
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